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Capa da TESE - Fesete

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A Inspecção Geral de Trabalho tornou-se mais acessível aos trabalhadores que a ela sedirigem individual ou colectivamente sem intervenção dos sindicatos como se poder verificarnos seus Relatórios de Activi<strong>da</strong>de e presta os seus serviços de informação e fiscalizaçãogratuitamente, enquanto os sindicatos exigem a sindicalização e o pagamento de cotizaçõesmensais.O ciclo de vi<strong>da</strong> activa dos trabalhadores alterou-se. Hoje chegam mais tarde aomercado do trabalho, face ao aumento <strong>da</strong> escolari<strong>da</strong>de obrigatória, mas as alteraçõescontinuam após a sua entra<strong>da</strong> no mercado de trabalho, a natureza do emprego será precária,segue-se um período de desemprego onde normalmente passa por acções de formaçãoprofissional, volta a ser inserido numa activi<strong>da</strong>de com emprego precário e possivelmente asituação volta a alterar-se. Este novo ciclo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> activa dos trabalhadores é distinto do queexistia há umas déca<strong>da</strong>s atrás onde os indivíduos faziam uma formação escolar básica,ingressavam no mercado de trabalho com o emprego de natureza sem termo até saírem para ainactivi<strong>da</strong>de, para a reforma. Esta mu<strong>da</strong>nça no ciclo de vi<strong>da</strong> activa dos trabalhadores fezsurgir um conjunto de novas organizações vocaciona<strong>da</strong>s para o apoio aos trabalhadores nosperíodos de desemprego e de uma nova reinserção no mercado de trabalho, as quais nemsempre interagem com os sindicatos ou os sindicatos olham-nas com desconfiança.Somos de opinião que os sindicatos devem <strong>da</strong>r mais atenção às mu<strong>da</strong>nças no ciclo devi<strong>da</strong> activa dos trabalhadores; não basta exigir medi<strong>da</strong>s de apoio, é necessário a<strong>da</strong>ptar ossindicatos para acompanharem os seus associados não apenas na fase do emprego, mastambém na situação do desemprego e no apoio à sua reinserção. Este conjunto de mutaçõestem consequências na participação e acção dos trabalhadores nos processos de negociaçãocolectiva. Da nossa avaliação ao período de análise verifica-se uma tendência para a redução<strong>da</strong> participação directa dos trabalhadores e indirecta quando feita através dos delegados edirigentes sindicais.Aos actores com intervenção na activi<strong>da</strong>de sindical colocamos a questão, as imagensquase permanentes de crise nas ITVC e do aumento do desemprego, têm ou não, contribuídopara uma menor participação dos trabalhadores nas acções de informação, de protesto e luta,durante as fases dos processos de negociação colectiva, 75% dos actores sociais consideramque as imagens de crise e o aumento do desemprego contribuem para uma menor participaçãodos trabalhadores o que reforça os <strong>da</strong>dos analisados.No ponto 2 do Capítulo III, fomos elencar e avaliar o conjunto <strong>da</strong>s diferentes acçõescoordena<strong>da</strong>s com vista à defesa dos interesses colectivos dos trabalhadores, em suma, analisara acção colectiva no período de 1996-2007, com fases de eleva<strong>da</strong> conflituali<strong>da</strong>de nosprocessos de negociação colectiva. Ao SINDETEX/UGT que interveio na negociação de316

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