12.07.2015 Views

Capa da TESE - Fesete

Capa da TESE - Fesete

Capa da TESE - Fesete

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ANÁLISE DE CONTEÚDO INDIVIDUAL DA ENTREVISTA416TEMA CATEGORIA TEXTO RELACIONADOConvençãoColectiva deTrabalhoIntervenção do Estado nosprocessos de negociaçãocolectiva 1996-2007(g1/7, g2/7, g3/5)e: Qual é a sua perspectiva <strong>da</strong> acção do Estado, nomea<strong>da</strong>mente doMinistério do Emprego, quando os processos de negociação colectiva ficambloqueado? É apologista <strong>da</strong> intervenção administrativa, ou pelo contrário,advoga a intervenção informal junto dos parceiros <strong>da</strong> negociação com vista aum possível acordo?E: Sim houve uma intervenção nesse assunto, perante uma ameaça decaduci<strong>da</strong>de. Eu acho que, e aqui o mérito é integralmente do ministro, que foiter percebido a importância <strong>da</strong> contratação num sector com a dimensão dotêxtil e ter uma intervenção de dizer “Nós temos que fazer tudo para que estacontratação aconteça” … lembro-me de uma reunião que houve aqui noministério em que partes patronal e sindicais estiveram frente a frente e éver<strong>da</strong>de que essa reunião teve uma importância grande no desenrolar doprocesso e mostrou que havia uma visão de aposta no sector e essa eu sempretive esta ideia que os sectores tradicionais vão desaparecer é um disparatecompleto. Não há sectores tradicionais a desaparecer, o que há é práticastradicionais e não modernas em qualquer sector estão completamente <strong>da</strong>ta<strong>da</strong>se estão sob pressão em qualquer sector. Não é um problema de sectores. Ossectores em si terão vi<strong>da</strong> se as empresas conseguirem a sua modernização.Não há sectores tradicionais em risco e sectores modernos em expansão. Oque nós vemos é práticas ultrapassa<strong>da</strong>s assentes em determinados factores deprodutivi<strong>da</strong>de, essas sim em altíssimo risco de desaparecer em todos ossectores, e pelo contrário práticas mais avança<strong>da</strong>s com capaci<strong>da</strong>de de resultare progredir. E mais, acho que é muito mais provável que Portugal tenhasucesso e se consiga modernizar em sectores dito tradicionais porque é aí quetemos know-how é ai que as nossas estruturas sindicais têm know-how, é aíque os nossos trabalhadores têm know-how, … eu acredito é na subi<strong>da</strong> devalor <strong>da</strong>s industrias sob os quais existe know-how, o capital tem know-how,há empresas, há trabalhadores, … Eu acho que a intervenção do ministério foiter tentado, naquela conjuntura, despoletar, porque não tenho qualquer dúvi<strong>da</strong>que a convenção fez-se porque as partes quiseram fazer. Porque nós numsituação de calibre semelhante noutros sectores não teríamos feito, não teriaacontecido… A nossa intervenção teve algum papel mas o que está por trás,na base, foi essa capaci<strong>da</strong>de de entendimento entre os principais agentes deentenderem que neste momento critico era essencial uma contrataçãoregula<strong>da</strong>, exemplar em várias matérias desde a organização do trabalho, asformas de emprego…GRAVAÇÃONºREGISTO DO TEXTOSELECCIONADO9 04.28E9

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!