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Capa da TESE - Fesete

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No Plano de Acção de 2004-2007, a OIT identificou duas priori<strong>da</strong>des temáticas: adesigual<strong>da</strong>de salarial entre homens e mulheres e a igual<strong>da</strong>de racional/étnica, na sua dimensãode género. A remuneração e os salários, bem como os mecanismos de fixação de salários sãoaspectos centrais de um man<strong>da</strong>to <strong>da</strong> OIT. A redução <strong>da</strong> desigual<strong>da</strong>de salarial entre homens emulheres implica a implementação de um conjunto de medi<strong>da</strong>s, incluindo intervenções nodomínio <strong>da</strong> igual<strong>da</strong>de de remuneração, a promoção <strong>da</strong> igual<strong>da</strong>de de oportuni<strong>da</strong>des no acesso àorientação e formação profissional e a adopção de medi<strong>da</strong>s de conciliação entre trabalho efamília. As políticas e programas de emprego ignoram frequentemente as questões de género,no sentido de que não tomam em consideração a situação e as necessi<strong>da</strong>des específicas <strong>da</strong>smulheres e dos homens, conduzindo, desta forma, a desigual<strong>da</strong>des nas oportuni<strong>da</strong>des e nosresultados e prejudicando a eficácia <strong>da</strong> política (OIT, 2007. pp. 105-107).Para a OIT, os parceiros sociais desempenham um papel chave na eliminação <strong>da</strong>discriminação e na promoção <strong>da</strong> igual<strong>da</strong>de no trabalho. Podem contribuir para atingir esseobjectivo, eliminando práticas discriminatórias no seio <strong>da</strong>s suas próprias estruturas e nosserviços que prestam aos seus associados. A negociação colectiva é um instrumento crucialque as organizações de trabalhadores e empregadores podem utilizar para desencadearalterações concretas nas condições de vi<strong>da</strong> e de trabalho e nas perspectivas dos trabalhadoresvulneráveis à discriminação. A discriminação no mundo do trabalho constitui um abuso dosprincípios e direitos fun<strong>da</strong>mentais no trabalho, representando também um custo enorme para asocie<strong>da</strong>de (OIT, 2007, p. 130).A reacção do tecido produtivo à reorientação <strong>da</strong> política macroeconómica visando aredução dos custos salariais unitários, fez-se essencialmente de três formas: ajustamento pelovolume de emprego, através <strong>da</strong> redução do número de trabalhadores, a<strong>da</strong>ptando-se àsvariações <strong>da</strong> produção e utilizando em situações de picos sempre que necessário, asubcontratação de outras empresas; ajustamento pelas formas de emprego, com o recurso acontratos a termo certo, incerto, a tempo parcial, teletrabalho, trabalho temporário e prestaçãode serviços; ajustamento pelos salários, com o controlo dos custos salariais unitários, podendoter diferentes implicações segundo as categorias dos assalariados, com per<strong>da</strong> do poder decompra de uns em benefício de outros. Este ajustamento exprimiu-se por um acréscimo <strong>da</strong>dispersão salarial, por contraste ao período dos anos 60 a 80 (Lima, 2004, p. 110).Neste novo contexto, o quadro complexifica-se dificultando uma avaliação rigorosa <strong>da</strong>sdispari<strong>da</strong>des e desigual<strong>da</strong>des salariais. Concomitantemente a perspectiva de redução doscustos salariais directos como estratégia de flexibili<strong>da</strong>de defensiva, emergem tendências dediferenciação salarial segundo os resultados <strong>da</strong>s empresas, para a individualização dossalários, privilegiando-se a avaliação do desempenho ou a avaliação de competências, em85

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