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Capa da TESE - Fesete

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gestão <strong>da</strong>s tensões entre uma perspectiva de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e de transformação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de,numa perspectiva socialista e a prática quotidiana de defesa dos interesses imediatos e decategorias específicas de trabalhadores (Hyman, 1991, pp. 5-6).Os Sindicatos, diferentemente dos partidos, não derivam o seu poder de competiçãoeleitoral e de ganhar eleições, mas <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de para representar, expressar e defender umavisão social. A distância entre os representantes, os Sindicatos, e os representados, ostrabalhadores, compromete ou dificulta a toma<strong>da</strong> de decisão ou as opções a tomar e a suaconcretização (Lima, 2004, p. 81).Também Freire considera que,…“o sindicato não é um fim em si mesmo, emboratenha sido, em determina<strong>da</strong>s circunstâncias históricas, um instrumento de afirmação eprogresso <strong>da</strong>queles que viviam do salário do seu labor”. Freire, considera que “ (…) osindicato só se justifica se contribuir efectivamente para a melhoria <strong>da</strong>s condiçõeseconómicas, sociais e morais do conjunto dos trabalhadores assalariados” (Freire, 2001, p.86).Para Hyman os sindicatos frequentemente manifestam inércia organizativa epermanecem aprisionados por orientações estratégicas que anteriormente foram eficazes, masque perderam força perante novos desafios. Os potenciais recursos de poder dos movimentosoperários, a oportuni<strong>da</strong>de de se concentrarem nos pontos fracos do capital transnacional, nãose reflectem no seu reportório de estratégias efectivas (Hyman, 2003, p. 26). Analisando ospontos fracos do capital transnacional, Hyman eluci<strong>da</strong> que um desses pontos é ideológico.Questiona se não poderiam os sindicatos mobilizar o descontentamento resultante do impactodestrutivo do liberalismo económico na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas. Sobre a acção dos sindicatos noplano nacional, Hyman considera que estes devem desde há muito a sua influência em grandemedi<strong>da</strong> ao seu estatuto de actores fun<strong>da</strong>mentais na socie<strong>da</strong>de civil. Mais recentemente, ossindicatos reconheceram que só podem suster ou reconquistar um papel significativo atravésdo estabelecimento de laços efectivos com outros elementos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil. Mas paraHyman, a efectiva debili<strong>da</strong>de de uma socie<strong>da</strong>de civil europeia constitui um dos maioresobstáculos à criação de um ver<strong>da</strong>deiro sistema europeu de relações laborais. Assim, ossindicatos e outros apoiantes de uma efectiva regulação social do emprego, devem ter comouma importante tarefa a consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil europeia (Hyman, 2002, pp. 26-28).Sobre a participação institucional dos sindicatos, Silva considera que uma efectivaparticipação implica uma intervenção que possibilite a negociação, permita a apresentação e adefesa de propostas em tempo útil, de forma a poder influenciar os conteúdos <strong>da</strong>s políticas. Aparticipação institucional eficaz exige aos sindicatos, autonomia, independência e51

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