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Capa da TESE - Fesete

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Trabalho e as práticas empresariais nas empresas, impuseram uma parceria social aos actoressociais <strong>da</strong>s relações laborais e a construção de novas configurações sociais na regulação <strong>da</strong>srelações laborais.No ponto 1 do Capítulo III, avaliamos a participação colectiva dos trabalhadores napreparação <strong>da</strong>s propostas e na negociação dos CCT’s. Face à impossibili<strong>da</strong>de de observarmosmateriais do SINDETEX/UGT, incidimos a nossa pesquisa de <strong>da</strong>dos nos documentos <strong>da</strong>FESETE, nomea<strong>da</strong>mente nos Relatórios de Activi<strong>da</strong>de anuais entre 1996 e 2007. É visíveluma tendência decrescente <strong>da</strong> participação e acção dos trabalhadores na preparação <strong>da</strong>spropostas dos CCT’s apresentados às organizações patronais e na fase posterior durante anegociação dos CCT’s. Um dos elementos que vamos ter em consideração é a forte reduçãodo emprego que entre 1998 e 2006, passou de 288.671 trabalhadores para 212.600, uma per<strong>da</strong>de 26%. A per<strong>da</strong> de emprego nas ITVC é significativa do ponto de vista quantitativo, mas háain<strong>da</strong> que analisar a per<strong>da</strong> do emprego do ponto de vista qualitativo e os seus efeitos nafragilização <strong>da</strong> rede sindical; a maioria dos empregos perdidos a sua natureza eram empregossem termo, trabalhavam nas grandes e médias empresas, com eleva<strong>da</strong>s taxas desindicalização, com delegados sindicais e com fortes tradições na acção pela negociação dosCCT’s desde o 25 de Abril de 1974, cujas lutas sectoriais nas déca<strong>da</strong>s de 70, 80 e 90,atingiram picos elevados. Em resultado <strong>da</strong>s mutações em curso, as novas empresas sãoessencialmente micro e PME’s uma parte do emprego tem natureza precária e a organizaçãosindical de base é escassa. Um sinal <strong>da</strong>s alterações em curso é o elevado crescimento <strong>da</strong>scotizações suplementares dos sindicatos filiados na FESETE; em 2006 42% do total <strong>da</strong>scotizações recebi<strong>da</strong>s pela totali<strong>da</strong>de dos sindicatos filiados na FESETE correspondiam acotizações suplementares pagas por trabalhadores, que, encaram os sindicatos numa lógicainstrumental e a eles só recorrem quando têm conflitos na empresa e só nessa altura sesindicalizam. Muitos desses trabalhadores após a resolução do conflito suspendem opagamento <strong>da</strong> sua cotização.As mu<strong>da</strong>nças estendem-se também ao espaço de acção tradicional dos sindicatos, poisesse espaço passou a ser “invadido” por diferentes tipos de associações, instituições e atéindivíduos com formação académica, na área do direito, que concorrem com os sindicatos naprestação de serviços com vista à resolução de alguns conflitos laborais na forma judicial eformal não judicial. É hoje comum nas situações de insolvência <strong>da</strong>s empresas os trabalhadoresnão sindicalizados, em muitas empresas a maioria, serem disputados pelos sindicatos e poradvogados, muitos no inicio de carreira, que oferecem os seus serviços aos trabalhadores paraa resolução do conflito por via judicial, nomea<strong>da</strong>mente as indemnizações e os salários nãopagos.315

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