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Capa da TESE - Fesete

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tentado, naquela conjuntura, despoletar, porque não tenho qualquer dúvi<strong>da</strong> que aconvenção fez-se porque as partes o quiseram fazer. A nossa intervenção tevealgum papel mas o que está por trás, na base, foi essa capaci<strong>da</strong>de de entendimentoentre os principais agentes de entenderem que neste momento crítico era essencialuma contratação regula<strong>da</strong>, exemplar em várias matérias desde a organização dotrabalho, as formas de emprego” (E9).“O Estado não teve aquela intervenção que tinha antigamente de nos chamar e deinfluir nesse sentido, mas dentro <strong>da</strong> legislação, tal qual ela existia sem nenhumaforça. (…) Para o Estado era muito conveniente que os parceiros se entendessementre si, negociassem entre si, que conseguissem projectar o futuro entre si”(E10).“Decorrentes destes dois dispositivos legais o Estado tentou na lei 21/96 tentoualguma intervenção, não no sentido de influenciar a negociação colectiva,influenciar neste sentido é procurar a proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s partes, mas no sentido deevitar alguma forma de conflito social. (…) No caso mais recente <strong>da</strong> publicaçãodo Código do Trabalho e <strong>da</strong> contratação colectiva que se deu a seguir, no casoparticular <strong>da</strong> convenção subscrita pela ANIT-LAR não houve interferência doEstado” (E11).“Eu acho que nos anos 80 ain<strong>da</strong> havia uma preocupação grande do ministério dotrabalho em atenuar os conflitos, não no sentido <strong>da</strong> contratação, mas mais nosentido de acabar com algum potencial conflito. Não me parece que isto fossepropriamente uma mediação ou uma intervenção do Estado muito positiva nisto”(E12).“Acho que o Estado, obviamente, tem de deixar às partes uma negociação à volta<strong>da</strong> contratação colectiva, mas obviamente que não deixa de ter o seu papel (…)quando teve uma participação mais forte nesta discussão (…) tendo em conta aimportância do sector no peso <strong>da</strong> economia nacional em termos do produto, emtermos <strong>da</strong> cotação, em termos do emprego, o Estado sempre colocou como muitoimportante um acordo neste sector (…) sem nenhuma intervenção directa, que viacom muito bons olhos que os sindicatos e as associações empresariaisconseguissem chegar a um acordo” (E13).“O Estado deve criar um contexto desejável para que a economia seja competitiva. (…) Porque a socie<strong>da</strong>de reage mal e devagar à mu<strong>da</strong>nça e sempre que o Estadose propõe mexer na legislação laboral nós vivemos aí um ambiente de algumaeuforia. (…) O Estado deve ter uma intervenção quando manifestamente, e só,211

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