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Capa da TESE - Fesete

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assimetrias entre os trabalhadores e os empregadores e apela à individualização <strong>da</strong>s relaçõesde emprego.Nós defendemos uma outra concepção, distinta <strong>da</strong> dominante; é necessário a regulação<strong>da</strong>s diferentes dimensões do mercado global por forma a que a competitivi<strong>da</strong>de seja ancora<strong>da</strong>na regulação dos fluxos financeiros, na inovação e na quali<strong>da</strong>de dos produtos e não através <strong>da</strong>concorrência pelas normas laborais, ambientais, fiscais e monetárias. A negociação colectivadeve concomitantemente, responder às necessi<strong>da</strong>des específicas que se colocam às empresas eà actualização e incorporação de novos conteúdos <strong>da</strong>s normas dos CCT’s numa perspectiva deharmonização social no progresso.Neste contexto de mu<strong>da</strong>nça as dimensões <strong>da</strong>s relações de emprego, conceito quedefinimos como, as condições em que o empregador decide contratar trabalho e o trabalhadorvender o seu potencial ao empregador, também se alteram. A natureza contratual <strong>da</strong> relaçãode emprego evoluiu do emprego sem termo, para o emprego a termo certo e incerto. Tambémna dimensão duração do trabalho, passou a relevar-se não apenas a duração mas também aorganização do tempo de trabalho, face às novas formas de organização flexíveis que utilizamperíodos de referência mais amplos que o diário e semanal. Assim, às dimensões <strong>da</strong> relaçãode emprego, salários, qualificações e duração do tempo de trabalho, nós propomos considerarcomo dimensões <strong>da</strong>s relações de emprego, a retribuição, a duração e a organização do tempode trabalho, as qualificações e a natureza ao emprego.A nossa observação aos 67 CCT’s <strong>da</strong>s ITVC negociados pelos parceiros sociaissectoriais entre 1981 e 2007 foi realiza<strong>da</strong> de forma exaustiva com a aplicação de 83indicadores que resultaram <strong>da</strong> operacionalização dos conceitos seleccionados. Na negociaçãocolectiva no sector têxtil constatamos que entre 1981 e 2005 funcionaram sempre duas mesasde negociação: numa mesa as organizações patronais e a FESETE/CGTP-IN; na outra mesaas mesmas organizações patronais e o SINDITEX/UGT. Os resultados desta metodologia denegociação sectorial levaram à existência de CCT’s em situação de concorrência eparalelismo na área e âmbito de aplicação, com normas de conteúdo diferente, o queconsideramos uma situação complexa e com certeza de difícil aplicação nas empresas. Apartir de 2006 a situação adquiriu novos contornos, face a uma divisão <strong>da</strong>s três organizaçõespatronais em duas comissões negociadoras patronais; passaram a existir quatro mesas denegociação, quatro CCT’s em situação de concorrência e paralelismo na área e âmbito deaplicação, com normas cujos conteúdos são no essencial análogos.Acresce ain<strong>da</strong> que dois dos CCT’s do sector têxtil, alargaram o seu âmbito deaplicação ao sector do vestuário, criando mais uma situação de concorrência e paralelismo.Esta amálgama de CCT’s com áreas e âmbitos em situação de concorrência e paralelismo300

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