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Capa da TESE - Fesete

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CCT’s entre 1981 e 2003, não são conheci<strong>da</strong>s acções colectivas desenvolvi<strong>da</strong>s na forma dedenúncia, protesto e luta. A FESETE desenvolveu durante este período um vasto conjunto deacções colectivas de denúncia, protesto e luta, com greves, embora se registe uma tendênciadecrescente <strong>da</strong> acção colectiva de 1996 para 2007. De relevar as acções colectivas no têxtilentre 1996 e 1998; no vestuário de 1996 e 2000; as acções colectivas sem greve em 2001.Aos actores sociais com intervenção na activi<strong>da</strong>de sindical colocamos três questões. Àquestão, considera que os sindicatos estão a perder influência junto dos trabalhadores e queessa é também uma causa para a menor acção dos trabalhadores durante os processos denegociação colectiva, 50% dos actores sociais referem que não há per<strong>da</strong> de influência dossindicatos; os outros 50% consideram que existe uma per<strong>da</strong> de influência e que esta leva auma menor acção dos trabalhadores. Numa análise mais fina às opiniões dos actores sociaisque consideram que os sindicatos não estão a perder influência, estes sustentam na defesa <strong>da</strong>sua opinião o capital de confiança dos trabalhadores não sindicalizados no sindicalismo,confiança esta que do nosso ponto de vista não deixa de ser uma lógica instrumental de serelacionarem com os sindicatos, recorrendo à sua acção apenas em situações de conflito.À questão, para si que outras razões levaram os trabalhadores a reduzir a suaparticipação e acção nos processos de negociação colectiva, registamos oito motivos queordenamos por ordem decrescente <strong>da</strong> importância atribuí<strong>da</strong> pelos actores sociais: a ausênciade resultados nos processos de negociação colectiva; a redução <strong>da</strong> rede nacional de delegadose dirigentes sindicais; a alteração <strong>da</strong>s representações sociais dos trabalhadores evoluindo devalores colectivos para uma visão individualista. Com apenas uma citação pelos actoressociais temos cinco motivos, quatro dos quais podemos identificar como representaçõessociais dos trabalhadores que, sofrendo alterações têm implicitamente consequências nas suaspráticas quotidianas: os jovens avaliam de forma diferente a construção <strong>da</strong>s relações deemprego; alteração do sentimento de pertença dos trabalhadores perante o sindicato; visãodiferente <strong>da</strong> forma de resolução dos conflitos, os sindicatos deixaram de ser olhados comoorganizações proponentes e vocaciona<strong>da</strong>s para a negociação e resolução dos problemas dosassociados e passaram a vê-los como organizações cujo objectivo central é a oposiçãosistemática, abdicando <strong>da</strong> negociação; o último motivo elencado releva que a luta se mantém,os trabalhadores não reduziram a sua acção, só que o fazem não para reivindicar novosdireitos, mas para defender o emprego e o não pagamento dos salários pelo patronato.Comparados os <strong>da</strong>dos analisados com os resultados esperados, vamos confirmar aquinta e última hipótese: as representações de crise nos têxteis, vestuário e calçado, odesemprego e a per<strong>da</strong> de influência dos sindicatos, contribuíram para a redução <strong>da</strong>317

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