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Capa da TESE - Fesete

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diferentes e isola<strong>da</strong>s. O reconhecimento <strong>da</strong> qualificação baseia-se numa avaliação. Ao inverso<strong>da</strong> competência, cujo valor só se pode basear na avaliação de um indivíduo. A qualificaçãobaseia-se num juízo colectivo, estabelecido segundo normas que permitam evitar juízosabusivos.Para Castilho quando se fala de competência está-se a falar unicamente dos indivíduose não do trabalho; mas quando se fala de qualificação não há a certeza se se fala <strong>da</strong>qualificação do trabalho ou dos indivíduos. Considera Castilho que o conceito de qualificaçãoé socialmente construído (Castilho, 1998, p. 58). Na análise <strong>da</strong>s transformações técnicoorganizacionaise novas competências Kovacs refere que a ” (…) turbulência do mercado detrabalho manifesta-se na coexistência de tendências diversas e até contraditórias tais como aemergência de novas competências liga<strong>da</strong>s às transformações técnicas-organizativas,mu<strong>da</strong>nças quantitativas e qualitativas na procura de qualificações, rápi<strong>da</strong> obsolescência dosconhecimentos adquiridos (…). É ca<strong>da</strong> vez mais aceite a ideia de que a qualificação dosrecursos humanos, ou seja a sua capaci<strong>da</strong>de de produzir valor acrescentado, condiciona aposição competitiva <strong>da</strong>s empresas, dos países, dos blocos económicos, numa economia emque as activi<strong>da</strong>des estratégicas se tornam intensivas em tecnologias de informação e emconhecimento” (Kovacs, 2002, pp. 81-82).Nesse sentido cresce a importância <strong>da</strong> dupla certificação e a necessi<strong>da</strong>de deinvestirmos na educação e na formação dos indivíduos. São ca<strong>da</strong> vez mais exigidosconhecimentos gerais que permitam a compreensão e o controlo dos processos produtivos,sobrepondo-se à execução de tarefas específicas. Kovacs releva o desenvolvimento decompetências-chave comuns a diferentes profissões e níveis de responsabili<strong>da</strong>de (operários,empregados, gestores e especialistas). Estas competências transversais estão segundo Kovacsassocia<strong>da</strong>s: (1) à capaci<strong>da</strong>de de definir objectivos, identificar problemas e encontrar soluções;(2) ao conhecimento dos códigos de sistemas de informação e organização; (3) ao sabercooperar e controlar processos, saber gerir os recursos utilizados, ao saber inovar, àcapaci<strong>da</strong>de de a<strong>da</strong>ptação; (4) ao saber acumular e actualizar conhecimentos, ao sabercomunicar e negociar.Kovacs considera que a utilização destas novas competências está ain<strong>da</strong> longe de sergeneraliza<strong>da</strong> nas empresas, mas a sua promoção é decisiva tanto para as empresas como paraos indivíduos. O desenvolvimento <strong>da</strong>s novas competências melhorou a empregabili<strong>da</strong>de queKovacs define como, ” (…) a oportuni<strong>da</strong>de e capaci<strong>da</strong>de de as pessoas adquiriremcompetências que lhes permitam encontrar, manter e enriquecer a sua activi<strong>da</strong>de e mu<strong>da</strong>r deemprego” (Kovacs, 2002, p. 82). No actual contexto as mu<strong>da</strong>nças e alterações colocam a91

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