Capa da TESE - Fesete

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passam de 87% para 86% (Anexo VI – Quadro nº II-I-7). Em suma, nos oito anos odesemprego cresceu de forma ininterrupta e as mulheres são as mais atingidas pelo fenómenode desemprego; tendo em consideração o desemprego por níveis etários, os jovens dos 15 aos24 anos são os mais atingidos. Não menos preocupante quando analisamos as taxas dedesemprego por duração da procura de emprego, é o crescimento, mais que duplicou, dosempregados de longa duração.166
2. Caracterização da Estrutura Empresarial e do Emprego nas IndustriasTêxteis, Vestuário e Calçado entre 1998 e 2006Ao elencarmos um conjunto de indicadores caracterizadores da estrutura das empresase do emprego, vamos fazê-lo de um ponto de vista retrospectivo, entre 1998 e 2006. Aesmagadora maioria das empresas tem menos de 50 trabalhadores (Anexo VII – Quadro nº II-I-1).No período em análise acentuou-se a tendência de perda de empresas com mais de 49trabalhadores. Desapareceram: 56,8% das empresas com mais de 500 trabalhadores, 38,4%das empresas com 100 a 499 trabalhadores, 26,2% das empresas com 50 a 99 trabalhadores,(Anexo VII – Quadro nº II-I-3). É na década de 90 do século passado que se dá inicio a umamudança estrutural nas empresas das ITVC. Com a introdução da moeda única na UniãoEuropeia, a liberalização do comércio global dos têxteis e vestuário e a integração da Chinana Organização Mundial do Comércio (OMC), as grandes multinacionais destes sectores dãoinicio à deslocalização das suas filiais de Portugal e um conjunto de médias e grandesempresas portuguesas com reduzida incorporação na cadeia de valor, com profundasinsuficiências organizacionais e em equipamentos tecnológicos ultrapassados encerram ouentram em situação de insolvência.Concomitantemente encerram médias e grandes empresas e são criadas milhares demicro e pequenas empresas, atingindo o pico máximo de empresas em 2000 com cerca de12.000 registadas estatisticamente, o que exclui uma parte das empresas que continuam aproduzir para a economia informal. O avanço do período de transição de dez anos para a totalintegração das indústrias têxteis e vestuário na OMC, que terminou em 2004, foiprogressivamente liberalizando a circulação dos produtos, travando a dinâmica decrescimento das micro e pequenas empresas das ITVC.Analisando como esta redução de empresas se distribui pelos distritos com mais pesonas ITVC, (Anexo VII – Quadro nº II-I-4), por ordem decrescente de perda de empresastemos: Porto, Aveiro, Lisboa, Braga, Castelo Branco e Guarda. Destes dados podemosconstatar que uma parte significativa das empresas têxteis e de vestuário da bacia do Ave e doCávado, não foram das áreas mais afectadas pelo encerramento das empresas, neste período.No final de 2006 o distrito de Braga concentrava ainda a maioria das empresas, seguido porordem decrescente de importância pelo Porto, Aveiro, Lisboa, Castelo Branco e Guarda.As alterações verificadas na estrutura empresarial tiveram consequências no volumede emprego das ITVC (Anexo VII – Quadro nº II-I-5). Em oito anos as ITVC perderam noconjunto 26,4% do emprego. Por ordem decrescente o calçado perdeu 29,9%, o têxtil 28,7% eo vestuário 22,6%. Se analisarmos as perdas de emprego por género nas ITVC são as167
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UNIVERSIDADE DO PORTOFACULDADE DE L
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Não é a situação do emprego que
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Cerdeira releva o papel pró-activo
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Pelo que compete aos cidadãos e ao
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Também Hyman reflecte sobre as con
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Em 1999 é estabelecido entre os pa
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