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Capa da TESE - Fesete

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esponsabilização, características só possíveis com organizações sindicais fortes e de massas(Silva, 2007, p. 465).Tendo como base o espaço <strong>da</strong> UE, Hyman reflecte sobre a relevância dos sindicatoscomo representantes do mundo do trabalho, como actores a nível europeu e consideranecessária uma mu<strong>da</strong>nça radical na importância atribuí<strong>da</strong> ao próprio trabalho. Os sindicatosdevem, concomitantemente, envolverem-se no processo de integração europeia e tornarem-semuito mais categóricos e vigorosos na sua oposição ao avanço desumanizante <strong>da</strong>s forças demercado (Hyman, 2002, pp. 28-29).Vários autores identificaram os sindicatos como as grandes vítimas <strong>da</strong>internacionalização e <strong>da</strong> dissolução dos SRI articulados. No entanto, enquanto coesos esolidários os movimentos sindicais provaram estar bem colocados para suportar os desafios.Uma questão que se coloca aos sindicatos é o perigo <strong>da</strong> dinâmica sindical colocar o enfoqueapenas na negociação colectiva. Os sindicatos não são apenas negociadores colectivos, sãotambém guardiões dos interesses dos trabalhadores para além do local de trabalho. Ossindicatos estão preocupados não só com o salário nominal mas também com a dimensão dosimpostos, outras deduções, com os benefícios sociais e prémios que as suas contribuições lhedão direito. Em alguns países <strong>da</strong> UE existe o papel institucionalizado dos sindicatos naadministração do sistema de segurança social, o que contribui para a estabili<strong>da</strong>de dosassociados (Bélgica e maior parte dos países nórdicos) e dá-lhes uma posição de visibili<strong>da</strong>depública. Em geral, uma <strong>da</strong>s mais comuns conotações de parceria social é precisamente aquelaem que os sindicatos têm um papel legítimo ao representar os interesses dos trabalhadores emto<strong>da</strong>s as agen<strong>da</strong>s (Ferner; Hyman, 1998, p. xviii).A noção de parceria social requer segundo Ferner e Hyman uma clarificação. Não éutiliza<strong>da</strong> em todo o universo <strong>da</strong> Europa Continental, mas é comum onde existe uma tradiçãocatólica significativa; nos países nórdicos a frase, partes do mercado de trabalho é maisutiliza<strong>da</strong>. O conceito de parceria social não pode ser tomado como um sinónimo de paz eharmonia industrial; pensamos estar perante um paradoxo, uma vez que o termo é maisfamiliar em países com tradições fortes em militância e conflitos de classe. A noção deparceria social implica: em primeiro lugar, um reconhecimento social dos diferentes interessesdos trabalhadores e empregadores; em segundo lugar, uma aceitação e de facto deencorajamento <strong>da</strong> representação colectiva desses interesses; em terceiro lugar, a aspiração quea sua acomo<strong>da</strong>ção organiza<strong>da</strong> possa trazer uma base efectiva para a regulação do trabalho edo mercado de trabalho. Implícita é também a noção de que as organizações envolvi<strong>da</strong>s e aregulação centraliza<strong>da</strong>, são as características óptimas para um SRI (Ferner; Hyman, 1998, p.xv).52

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