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Capa da TESE - Fesete

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período de análise apresenta uma tendência de crescimento, mais 3,7%; o emprego a termo,certo e incerto, tem um crescimento muito mais elevado, mais 36,7%; no tipo de emprego,outros, registamos um decréscimo de 17%. Estas alterações no emprego por conta de outrem,crescimento elevado do emprego a tempo parcial, do emprego a termo, certo e incerto, levanosa considerar que se acentua a difusão de empregos atípicos e precários, numa lógica deflexibilização quantitativa e de redução dos custos do emprego.Podemos considerar que existem três formas de desemprego: nas pessoas que sedespedem e mu<strong>da</strong>m de uma organização para outra e nesse intervalo em que se dá a mu<strong>da</strong>nça,verifica-se uma situação de desemprego, com taxas muito baixas, a que chamamosdesemprego friccional; o desemprego conjuntural resulta <strong>da</strong> ineficácia <strong>da</strong> dinâmicaeconómica, dos ciclos económicos, em suma depende <strong>da</strong> dinâmica económica; o desempregoestrutural pode existir por várias razões, desde a incapaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas e do Estado emabsorverem a produção <strong>da</strong>s universi<strong>da</strong>des, até ao preço <strong>da</strong> mão-de-obra não qualifica<strong>da</strong> oucom baixas qualificações ser muito eleva<strong>da</strong>. Em Portugal as taxas de desemprego crescem deforma ininterrupta passando de 3,9% em 2000 para 8% em 2007. Numa análise aodesemprego por género, verificamos que não atinge todos os trabalhadores com a mesmaintensi<strong>da</strong>de, o desemprego anual <strong>da</strong>s mulheres é sempre superior ao dos homens. Em função<strong>da</strong> i<strong>da</strong>de o desemprego atinge mais jovens dos 15 aos 24 anos. Penso podermos considerarque o fenómeno do desemprego em Portugal no período em análise cresce de formaininterrupta e apresenta características de selectivi<strong>da</strong>de, atingindo de forma mais profun<strong>da</strong>s asmulheres e os jovens.Um outro <strong>da</strong>do não menos relevante é o aumento do peso dos desempregados de longaduração, que evolui de 1,7% em 2000 para 3,9% em 2007, atingindo quase 50% <strong>da</strong> populaçãodesemprega<strong>da</strong>. Sendo o trabalho uma <strong>da</strong>s dimensões fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> dos indivíduos, ofenómeno do desemprego tem consequências sociais; tem consequências económicas porqueos indivíduos passam a receber durante determinados períodos, o subsídio de desemprego e osubsídio social de desemprego mas não fazem descontos para a Segurança Social; e temconsequências humanas quando a ausência de emprego se prolonga por longos períodos, osindivíduos podem vir a cair na exclusão social.No ponto 2 do Capítulo I elencamos de um ponto de vista retrospectivo entre 1998 e2006, um conjunto de indicadores que nos permitiram caracterizar a estrutura empresarial <strong>da</strong>sIndústrias Têxteis, Vestuário e Calçado (ITVC) e o emprego em algumas <strong>da</strong>s suas dimensões.No período em análise acentuou-se a redução de empresas com mais de 49 trabalhadores;desapareceram 56,8% <strong>da</strong>s empresas com mais de 500 trabalhadores, 38,4% <strong>da</strong>s empresas com100 a 499 trabalhadores e 26,2% <strong>da</strong>s empresas com 50 a 99 trabalhadores.297

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