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Capa da TESE - Fesete

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harmonia industrial; pensamos estar perante um paradoxo, uma vez que o termo é maisfamiliar em países com tradições fortes em militância e conflitos de classe. A noção deparceria social implica: em primeiro lugar, um reconhecimento social dos diferentes interessesdos trabalhadores e empregadores; em segundo lugar, uma aceitação e de facto deencorajamento <strong>da</strong> representação colectiva desses interesses; em terceiro lugar, a aspiração quea sua acomo<strong>da</strong>ção organiza<strong>da</strong> possa trazer uma base efectiva para a regulação do trabalho edo mercado de trabalho. Implícita é também a noção de que as organizações envolvi<strong>da</strong>s e aregulação centraliza<strong>da</strong>, são as características óptimas para um Sistema de RelaçõesIndustriais, conceito análogo ao sistema de relações laborais definido por Lima (Ferner;Hyman, 1998, p. xv).Após termos apresentado o conceito de parceria social parece-nos necessário eluci<strong>da</strong>ros seus actores. Os actores nas relações laborais interagem e mobilizam diferentes tipos derecursos para atingir os seus objectivos, materiais, organizacionais, sociais e políticos, osquais constituem, segundo Lima, uma base crítica do poder de negociação dos actores.Presumindo a existência de um espaço para a interacção autónoma, Lima considera que esteespaço varia segundo o nível <strong>da</strong> interacção. A negociação colectiva é um espaço de interacçãoao nível funcional (e do local de trabalho), ao nível nacional o espaço aberto permite anegociação <strong>da</strong> relação entre o movimento dos trabalhadores, os empregadores e o Governo.Lima releva o papel dos principais actores <strong>da</strong>s relações laborais, trabalhadores e suasorganizações, empregadores e suas organizações e o Estado. Estes actores actuam numsistema de relações laborais <strong>da</strong>do, her<strong>da</strong>do do passado, o qual define possibili<strong>da</strong>des ecapaci<strong>da</strong>des de acção, mas actuando, contribuem não só para a sua existência e permanênciamas também para a sua mu<strong>da</strong>nça, através de processos mais ou menos conflituais. (Lima,2004, pp. 51-58).Dentro <strong>da</strong> UE um dos mais recentes aparelhos retóricos é a ideia de diálogo social.Muito tempo e muita energia são dispendidos por representantes dos trabalhadores e dosempregadores, mas raramente produzem acordos com carácter geral e com conteúdosconcretos. Frequentemente as discussões resultam numa “opinião conjunta” que pode ser defacto confortante, ou não, saber que os representantes sindicais conseguem alinhar as suasopiniões com as opiniões dos empregadores; mas o efeito real é imperceptível. Mas dentro eentre os Sindicatos em si, a perseguição do diálogo e a procura de uma opinião comum sãorequerimentos vitais. Uma capaci<strong>da</strong>de sindical melhora<strong>da</strong> e de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de necessitam deum grande nível de discussão multidimensional, comunicação e entendimento. Para resultar aum nível internacional, os Sindicatos acima de tudo devem usar a experiência que obtiveram anível nacional nos esforços de reconstituir os Sindicatos como corpos que acolhem relações146

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