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Capa da TESE - Fesete

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Em 1989 é aprova<strong>da</strong> a Carta Comunitária dos Direitos Sociais Fun<strong>da</strong>mentais dosTrabalhadores, a qual consagra, no plano comunitário, um conjunto de princípios aplicáveis àprotecção dos trabalhadores e estabelece os grandes princípios âncora do modelo europeu doDireito do Trabalho. O Tratado Maastricht, em 1992, abriu caminho ao maioraprofun<strong>da</strong>mento e integração <strong>da</strong> então Comuni<strong>da</strong>de Europeia, à consoli<strong>da</strong>ção dos direitossociais fun<strong>da</strong>mentais dos trabalhadores (na forma como estes estavam expressos na CartaComunitária), bem como, no desenvolvimento de acções em domínios como a exclusãosocial, os deficientes, a pobreza e a integração dos migrantes de países terceiros. Na sequênciado Tratado de Maastricht foi aprovado um Protocolo a doze países autorizando um acordo aonze países sobre a Política Social, devido à auto-exclusão manifesta<strong>da</strong> pelo Reino Unido.Este Protocolo introduziu algumas alterações importantes: uma competência legal maisalarga<strong>da</strong> de intervenção no domínio <strong>da</strong> política social <strong>da</strong> UE; um maior espaço para votaçõespor maioria qualifica<strong>da</strong>, contra a regra <strong>da</strong>s votações por unanimi<strong>da</strong>de; e um reforço do papeldos parceiros sociais europeus, reconhecendo-lhes a possibili<strong>da</strong>de de negociarem acordoscolectivos europeus.Em 1994, foi aprova<strong>da</strong> a Directiva 94/45/CE que implementou os Conselhos deEmpresa Europeus (CEE’s) destinados a instituir mecanismos de informação e consulta dostrabalhadores nas empresas ou grupos de empresas de dimensão comunitária. O Tratado deAmesterdão (1997) recupera o texto do acordo sobre a política social do Tratado deMaastricht e integra-o no articulado do novo Tratado; define os objectivos <strong>da</strong> UE no domínio<strong>da</strong> política social, fazendo uma referência explícita à Carta Comunitária dos Direitos SociaisFun<strong>da</strong>mentais dos Trabalhadores aprova<strong>da</strong> em 1989; fixa as matérias sociais que carecem deaprovação por maioria qualifica<strong>da</strong>; define as condições de intervenção dos parceiros sociaisnos processos de decisão <strong>da</strong> UE no domínio social; inclui um capítulo sobre o emprego, ondese reafirma que a responsabili<strong>da</strong>de primeira no domínio do emprego cabe aos Estadosmembros,embora no quadro de uma estratégia coordena<strong>da</strong> ao nível <strong>da</strong> UE.O domínio social fica associado ao económico; é prevista a criação de um Comité deEmprego, encarregado de observar a evolução <strong>da</strong> política de emprego ao nível <strong>da</strong> UE. Noquadro <strong>da</strong> Cimeira Europeia de Nice, em 2000, a aprovação de uma Carta dos DireitosFun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> UE era vista como mais uma oportuni<strong>da</strong>de para melhorar os conteúdos doTratado de Amesterdão e <strong>da</strong> Carta dos Direitos Sociais Fun<strong>da</strong>mentais dos Trabalhadores.Mas, o facto de apenas ter recebido a aprovação enquanto declaração política e não serjuridicamente vinculativa, deixou antever mais motivos de reivindicação e acção futura paraos sindicatos europeus na construção <strong>da</strong> Europa social (Costa, 2002, pp. 74-75).72

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