Capa da TESE - Fesete

ANÁLISE DE CONTEÚDO INDIVIDUAL DA ENTREVISTA422TEMA CATEGORIA TEXTO RELACIONADOConvençãoColectiva deTrabalhoAvaliação das alterações dosCCT 1996-2007(g1/6, g3/4)Intervenção do Estado nosprocessos de negociaçãocolectiva 1996-2007(g1/7, g2/7, g3/5)Conteúdos dos actuais CCTcomo resposta ao mercadoGlobal(g1/8, g2/4, g3/6)e: Qual é a sua avaliação às alterações dos contratos colectivos no períodode 1996 a 2007?E: Na minha opinião nós tivemos os marcos iniciais da negociação depois doperíodo revolucionário… durante estes anos tem havido de facto uma certarigidez, falta de diálogo suficiente, para encontrar na negociação colectiva detrabalho os melhores instrumentos para conseguirmos conduzir o barco dosector.e: Neste período, 1996 a 2007, o Estado teve alguma intervenção nosprocessos de negociação?E: O estado não teve aquela intervenção que tinha antigamente de nos chamare de influir nesse sentido, mas dentro da legislação, tal qual, ela existia semnenhuma força. Porque eu penso que para o estado era muito conveniente queos parceiros se entendessem entre si, negociassem entre si, que conseguissemprojectar o futuro entre si. E quando ele não faz nada para que isso aconteça,tem as suas responsabilidades de zelar convenientemente pelos sectores edeixar o sector correr.e: Na sua opinião, os actuais conteúdos dos contratos colectivos de trabalhopermitem ou não às empresas, responder aos desafios do mercado global?E: Ajudam, ainda não permitem responder a estes desafios, por duas razões.Houve necessidade sempre de dar protecção a quem nos vaia, o que eucompreendo e entendo, e nunca foi dada possibilidade ao proprietário quepreenche de dirigir em condições a sua empresa, porque são sacadasresponsabilidades de direcção, são transmitidas linhas em que ele éresponsável pelos trabalhadores, é responsável pela parte fiscal, é responsávelpela administração da empresa, ter trabalho, ter encomendas e estando nummercado em que precisa de adaptar a empresa a essas circunstancias ele nãotinha os instrumentos necessários para fazer uma gestão capaz e obrigava aaguentar. O empresário só tinha um caminho, sempre que seja para crescertem instrumentos, sempre que o mercado ou o país obrigue a mudanças derota, a alterações profundas que sejam precisas fazer não tem mecanismos quesejam ajustados e o permitam…E na verdade, não é verdade que os empresários que têm empresas há váriosanos consigam gerir as suas empresas em condições, eles estão condicionadose manietados pela parte da legislação que nós temos. Não conseguem gerirem condições.GRAVAÇÃONºREGISTO DO TEXTOSELECCIONADO10 01:3310 07:4610 09:50E10