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Capa da TESE - Fesete

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“ Os sindicatos normalmente li<strong>da</strong>m com os empresários <strong>da</strong> sua região (…) A nívelde associações patronais nem sempre isto é possível. (…)” (E4).“ No discurso há uma grande convergência mas quando passamos para o patamar<strong>da</strong> negociação essa convergência torna-se muito mais difícil. Isto não quer dizerque não haja uma vontade negocial mais forte, porque eu creio que há umavontade negocial mais forte.” (E5).“ É obvio que sim. (…) continuo a achar que por uma questão de princípio, queum contrato colectivo de trabalho é um instrumento que os trabalhadores dãomuita importância, (…). E tendo esse instrumento colectivo, (…) temos condiçõesmuito mais claras para os envolver e envolver os empresários.” (E6).“ Não há dúvi<strong>da</strong> que de facto há aqui alterações. Se nós temos contratosassinados, se temos empresas que não cumprem, (…) temos aqui queresponsabilizar a associação patronal. (…).” (E7).“ Nós tentamos ao nível <strong>da</strong> negociação influenciar as associações patronaistambém para que elas obriguem os seus associados ao cumprimento <strong>da</strong>quilo queassinam, mas nem sempre temos conseguido isso.” (E8).A questão coloca<strong>da</strong> apenas aos oito actores sociais com intervenção na activi<strong>da</strong>desindical sectorial, procurava eluci<strong>da</strong>r se a tendência para as empresas não aplicarem osdireitos contratuais influenciou ou não a organização sindical sectorial no sentido de umamaior convergência com as associações patronais. Apenas um entrevistado, “ a nível <strong>da</strong>sassociações patronais, nem sempre isso é possível.” (E4), todos os restantes, 88%, consideramque se tem caminhado no sentido de uma maior convergência entre os parceiros sociaissectoriais, na negociação de novos CCT.Num arco temporal ain<strong>da</strong> recente a concorrência dos produtos <strong>da</strong>s ITVC portuguesaspodia ser analisa<strong>da</strong>, apesar <strong>da</strong>s contradições internas, em duas dimensões: a concorrênciapelos custos, ancora<strong>da</strong> numa tipologia de relações de emprego caracteriza<strong>da</strong> por trabalhadorespouco qualificados, baixas retribuições, uma natureza de emprego precária com possibili<strong>da</strong>desde fácil despedimento, a desregulação <strong>da</strong> duração e organização do tempo de trabalho,categorias profissionais cujas funções estavam restritas a pequenas tarefas a que correspondiaum trabalho parcializado e muito repetitivo. A concorrência pela quali<strong>da</strong>de implicava umamaior integração na cadeia de valor dos produtos, através <strong>da</strong> concepção, desenvolvimento edesign dos produtos, a produção, a comercialização e politicas de emprego onde acomponente <strong>da</strong>s qualificações dos trabalhadores era considera<strong>da</strong> pelos empresários como umrelevante investimento e a natureza do emprego era vista como um compromisso recíproco alongo prazo.259

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