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Capa da TESE - Fesete

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Ain<strong>da</strong> de acordo com as informações recolhi<strong>da</strong>s nos relatórios de activi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>FESETE é reconheci<strong>da</strong> a redução significativa de dirigentes e delegados sindicais quediscutem e aprovam anualmente a sua Plataforma Reivindicativa; os Encontros Nacionaispassaram de mais de 200 presenças na déca<strong>da</strong> de 90 para cerca de 100 presenças nos últimosanos. É significativo que nos últimos anos uma parte dos sindicatos filiados na FESETE tenhaalterado os seus estatutos com o objectivo de reduzir o número de dirigentes nos corposgerentes. O boletim informativo <strong>da</strong> FESETE “Venceremos” distribuído periodicamente aostrabalhadores tem reduzido a sua tiragem, passando de cerca de 90.000 exemplares na déca<strong>da</strong>de 90 para cerca de 40.000 em 2007. Os plenários de trabalhadores nas empresas durante oPNT diário onde participavam trabalhadores filiados e não filiados nos sindicatos,determinantes para decidir e manter as greves no período de 1996 a 1998, são hoje umaprática reduzi<strong>da</strong> nestes sectores, uma vez que a sua convocação é feita por delegadossindicais, comissões sindicais e intersindicais. A não existência desta organização sindical debase na esmagadora maioria <strong>da</strong>s empresas, impede a sua realização e o exercício deste direitocontratual.Podemos considerar tendo por base os <strong>da</strong>dos analisados que entre 1996 e 2007 severificou uma tendência para a redução significativa <strong>da</strong> participação directa dos trabalhadorese indirecta quando feita através <strong>da</strong> organização dos delegados e dirigentes sindicais eleitos.Com vista a colmatar possíveis insuficiências nos <strong>da</strong>dos recolhidos através <strong>da</strong> análisedocumental recorremos à entrevista para colocar três questões aos actores sociais comintervenção na activi<strong>da</strong>de sindical (Anexo V).À primeira questão, as imagens quase permanentes de crise nos têxteis, vestuário ecalçado e o aumento do desemprego, têm ou não contribuído para uma menor participaçãodos trabalhadores nas acções de informação, de protesto e luta, durante as diversas fases dosprocessos de negociação colectiva, registamos os <strong>da</strong>dos seguintes:“Eu diria que não há fraca participação (…) nós temos ain<strong>da</strong> uma dinâmica emalgumas partes do País onde exercemos os direitos sindicais. Nós temos ain<strong>da</strong> àvolta de quinze horas para fazer plenários nas empresas. (…) A nossa dinâmicaassenta nas empresas. É obvio que é capaz de ter aí alguma carga no sentido de ostrabalhadores estarem amedrontados com aquilo que vêm todos os dias natelevisão de empresas a fecharem” (E1). “Eu acho que há uma descrença nas lutasempresariais” (E2). “Sim condicionam. Se os trabalhadores vêem e lêem asnotícias que uma empresa encerrou, despediu, foram para o desemprego dezenas,centenas, milhares de trabalhadores. Eu diria que fatalmente tem influência. Aspessoas têm a sua vi<strong>da</strong>, têm os seus problemas, têm as suas necessi<strong>da</strong>des e para os278

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