12.07.2015 Views

Capa da TESE - Fesete

Capa da TESE - Fesete

Capa da TESE - Fesete

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

muito mais categóricos e vigorosos na sua oposição ao avanço desumanizante <strong>da</strong>s forças demercado (Hyman, 2002, pp. 28-29).Colocando o enfoque na crescente exaustão dos regimes democráticos formais,Estanque considera que é ca<strong>da</strong> vez mais urgente que a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia cívica e política se projectemnuma nova dimensão. Assim, importa promover a recuperação do sujeito social activo, ouseja, promover uma ruptura com o individualismo conformista e consumista que aracionali<strong>da</strong>de moderna produziu com o triunfo do capitalismo, e que o neoliberalismo vigentetem vindo a expandir à volta do globo nas últimas déca<strong>da</strong>s (Estanque, 2006, pp. 7-8).As posturas sindicais devem ser concomitantemente reivindicativas e proponentes,assumi<strong>da</strong>s ao nível <strong>da</strong> empresa, sectorial, regional, nacional e global, como factoresdeterminantes para a defesa dos interesses e dos direitos dos trabalhadores e uma contribuiçãovaliosa para o processo de modernização dos sectores e empresas. O sindicalismo será eficazse for proponente e reivindicativo, capaz de negociar com o patronato a todos os níveis(micro, meso e macro), com os governos, com as instituições <strong>da</strong> UE, mas também capaz deinformar e mobilizar os trabalhadores, conflituar e lutar pelos seus interesses desde o local detrabalho, passando pelo sectorial, regional, nacional, até ao nível internacional.Para Silva o sindicalismo para poder merecer a confiança dos trabalhadores, terá deassumir características de ampla uni<strong>da</strong>de; terá de se afirmar com plena independência eautonomia face ao patronato, ao Estado, aos partidos políticos e confissões religiosas. Osnovos caminhos que o sindicalismo é desafiado a trilhar, não pode ignorar que sendonecessário garantir uma forte ligação aos locais de trabalho, é ca<strong>da</strong> vez mais indispensáveluma forte articulação <strong>da</strong> acção aos níveis locais, sectorial, nacional e global, e,particularmente ao nível europeu, em função <strong>da</strong> nossa inserção na UE. O conflito de classescontinua a constituir uma condição de mu<strong>da</strong>nça e transformação social (Silva, 2000, pp. 249-255).Vamos formular uma quinta e última hipótese: As representações de crise nos têxteis,vestuário e calçado, o desemprego e a per<strong>da</strong> de influência dos sindicatos, contribuíram para aredução <strong>da</strong> participação dos trabalhadores e <strong>da</strong> sua acção colectiva nos processos denegociação colectiva sectorial.No decurso <strong>da</strong> construção <strong>da</strong> problemática um conjunto de notícias e estudoschamaram a nossa atenção para as várias formas de desigual<strong>da</strong>des no trabalho, com base nogénero, que ain<strong>da</strong> permanecem discriminatórias para as mulheres, nomea<strong>da</strong>mente nas ITVC,sectores com eleva<strong>da</strong>s taxas de feminização.Se é ver<strong>da</strong>de que hoje, em Portugal, podemos considerar que o progresso nas normasnos últimos trinta e três anos tenderam a eliminar do ponto de vista legal as discriminações de153

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!