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Capa da TESE - Fesete

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de acordo com o período normal de trabalho que tenha sido definido” (Leitão, 2003, pp. 197-198).Parece-nos também pertinente reflectir sobre os conceitos de qualificações ecompetências uma vez que frequentemente estes conceitos são confundidos. A qualificação éindependente do contexto e é objecto de uma negociação colectiva permanente. O significadode qualificação está implícito no sistema de formação profissional. A noção de competênciaadquiriu uma importância mais recente nos discursos políticos e nas práticas de gestão eremete-nos para a capaci<strong>da</strong>de real de um indivíduo dominar um conjunto de tarefas quecompõem um determinado posto de trabalho. A competência exprime-se através de umconteúdo operatório, ou seja, é-se competente para realizar este ou aquele conjunto de tarefas,não se é competente em si. A competência não é <strong>da</strong><strong>da</strong>, é adquiri<strong>da</strong>, é fruto de umacombinação dinâmica de diversas fontes, não podendo ser vista como uma simples soma decapaci<strong>da</strong>des particulares, diferentes e isola<strong>da</strong>s.O reconhecimento <strong>da</strong> qualificação baseia-se numa avaliação. Ao inverso <strong>da</strong>competência, cujo valor só se pode basear na avaliação de um indivíduo. A qualificaçãobaseia-se num juízo colectivo, estabelecido segundo normas que permitam evitar juízosabusivos.Para Castilho quando se fala de competência está-se a falar unicamente dos indivíduose não do trabalho; mas quando se fala de qualificação não há a certeza se se fala <strong>da</strong>qualificação do trabalho ou dos indivíduos. Considera Castilho que o conceito de qualificaçãoé socialmente construído (Castilho, 1998, p. 58). Na análise <strong>da</strong>s transformações técnicoorganizacionaise novas competências Kovacs refere que a …”turbulência do mercado detrabalho manifesta-se na coexistência de tendências diversas e até contraditórias tais como aemergência de novas competências liga<strong>da</strong>s às transformações técnicas-organizativas,mu<strong>da</strong>nças quantitativas e qualitativas na procura de qualificações, rápi<strong>da</strong> obsolescência dosconhecimentos adquiridos (…). É ca<strong>da</strong> vez mais aceite a ideia de que a qualificação dosrecursos humanos, ou seja a sua capaci<strong>da</strong>de de produzir valor acrescentado, condiciona aposição competitiva <strong>da</strong>s empresas, dos países, dos blocos económicos, numa economia emque as activi<strong>da</strong>des estratégicas se tornam intensivas em tecnologias de informação e emconhecimento” (Kovacs, 2002, pp. 81-82).Nesse sentido cresce a importância <strong>da</strong> dupla certificação e a necessi<strong>da</strong>de deinvestirmos na educação e na formação dos indivíduos. São ca<strong>da</strong> vez mais exigidosconhecimentos gerais que permitam a compreensão e o controlo dos processos produtivos,sobrepondo-se à execução de tarefas específicas. Kovacs releva o desenvolvimento decompetências-chave comuns a diferentes profissões e níveis de responsabili<strong>da</strong>de (operários,131

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