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Capa da TESE - Fesete

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2. Desconformi<strong>da</strong>de entre Normas Laborais e Práticas EmpresariaisReunimos um conjunto de estudos e informações de várias enti<strong>da</strong>des e organizações,com o objectivo de eluci<strong>da</strong>rmos se existe uma tendência para a conformi<strong>da</strong>de ou adesconformi<strong>da</strong>de entre as normas dos CCT’s e as práticas empresariais nas ITVC.Começamos por analisar documentos que procuram eluci<strong>da</strong>r as tendências mais gerais.Segundo as conclusões do Livro Verde, sobre as Relações Laborais, em Portugal, ” (…) osindicadores disponíveis sugerem que podem existir elevados graus de desconformi<strong>da</strong>de entreas normas legais e contratuais e as práticas empresariais em domínios como a natureza docontrato de trabalho e o cumprimento dos horários de trabalho. Porém, seriam necessáriosestudos específicos, quer para avaliar com rigor o grau de efectivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s normas legais econtratuais em vigor”(Dornelas; [et al], 2005, p.21).Num documento de trabalho do Ministério do Trabalho intitulado a Reforma <strong>da</strong>sRelações Laborais e que serviu de suporte às propostas de revisão do Código de Trabalho em2008, é afirmado que, ” (…) A legislação e a contratação colectiva de trabalho existentes são,consabi<strong>da</strong>mente, muito desrespeita<strong>da</strong>s, problema que, aliás, se verifica noutros domínios <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> social e económica em Portugal”. Ain<strong>da</strong> segundo este documento de trabalho doMinistério do Trabalho,…“Constituem ilustrações relevantes deste problema os seguintesfactos apurados nos trabalhos preparatórios desta reforma: o unilateralismo patronal e aindividualização <strong>da</strong>s relações laborais são largamente predominantes na determinação <strong>da</strong>categoria profissional, no horário de trabalho e na remuneração” (MTSS, 2008, p.20).No texto do Acordo Tripartido para o Novo Sistema de Regulação <strong>da</strong>s RelaçõesLaborais, <strong>da</strong>s Políticas de Emprego e Protecção Social em Portugal mais uma vez a questão<strong>da</strong> conformi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s normas é coloca<strong>da</strong> em evidência, ” (…) Os Parceiros Sociais e oGoverno entendem que, para além <strong>da</strong> simplificação e <strong>da</strong> sistematici<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s normas legaisvigentes, a efectivi<strong>da</strong>de depende do reforço dos instrumentos de pe<strong>da</strong>gogia, inspecção erepressão <strong>da</strong> ilegali<strong>da</strong>de nas relações laborais expressos na reduzi<strong>da</strong> efectivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s normas,legais e contratuais, que regulam os mercados de trabalho”. O Acordo elenca de segui<strong>da</strong> umconjunto de compromissos dos subscritores, em particular do Governo, donde relevamos: oreforço dos quadros inspectivos e do pessoal de apoio técnico <strong>da</strong> Autori<strong>da</strong>de para asCondições de Trabalho (ACT), agravamento <strong>da</strong>s sanções por violação dos direitos dostrabalhadores e o registo público <strong>da</strong>s infracções laborais muito graves e graves comreincidência (MTSS, 2008, pp.19-20).Tendo em consideração que a Inspecção Geral do Trabalho (IGT), é um serviçopublico nacional que tem por missão desenvolver metodologias e acções de aconselhamento ede controlo no âmbito de poderes de autori<strong>da</strong>de publica, tendo em vista a promoção <strong>da</strong>221

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