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Capa da TESE - Fesete

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teorias do fim <strong>da</strong> história e os conflitos existentes evidenciam que a democracia dificilmentese impõe com a força <strong>da</strong>s armas (Freire, 2007, p. 49).Um outro enfoque é <strong>da</strong>do por Silva. Na actual fase de desenvolvimento <strong>da</strong>ssocie<strong>da</strong>des, em tempo de globalização, os seres humanos dispõem de mais meios económicos,tecnológicos, científicos e culturais do que em qualquer outro período <strong>da</strong> historia <strong>da</strong>humani<strong>da</strong>de. Aparentemente, observando os factos de forma racional e simples seríamosconduzidos a afirmar que, com os meios existentes, podiam resolver-se os problemasessenciais dos seres humanos, construírem-se patamares de vi<strong>da</strong> mais elevados para milhõesde indivíduos que vivem com carências gritantes, produzindo-se alterações positivas naquali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> na generali<strong>da</strong>de dos ci<strong>da</strong>dãos.Silva considera ser indispensável uma forte afirmação desta constatação/possibili<strong>da</strong>depara se credibilizarem e produzirem formas de acção individual e, sobretudo colectivas, com oobjectivo de se forçarem mu<strong>da</strong>nças profun<strong>da</strong>s de transformação social. Na sua génese osistema capitalista tem sido potenciador <strong>da</strong> criação <strong>da</strong>queles meios e recursos, mas tambémnega a sua utilização por todos os indivíduos. A criação e a fruição desses meios têm sidofeitas de forma desequilibra<strong>da</strong>, em parte à custa <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção ou esgotamento de outrosrecursos e condições fun<strong>da</strong>mentais, os recursos naturais.O neoliberalismo, que caracteriza aactual fase do sistema, tem nos modos de socialização dos indivíduos, o trabalho num lugarabsolutamente central, uma <strong>da</strong>s expressões mais profun<strong>da</strong>s e, como podemos observar, poressa via estão a aumentar as contradições e incapaci<strong>da</strong>des do sistema para responder a velhose novos anseios dos indivíduos (Silva, 2007, p. 435).A constante mobili<strong>da</strong>de do capital e o consequente aumento <strong>da</strong> fragmentação e adescentralização do processo produtivo, traduzem-se ca<strong>da</strong> vez mais em fenómenos como adeslocalização <strong>da</strong>s empresas, subcontratação, flexibili<strong>da</strong>de de horários, desemprego eemprego precário, cujas consequências, apesar <strong>da</strong> larga margem de imprevisibili<strong>da</strong>de, já sefazem sentir de forma drástica sobre a activi<strong>da</strong>de sindical (Estanque; Ferreira, 2002, p. 152).Ain<strong>da</strong> segundo Lima, a discussão sobre a convergência/diferenciação dos sistemas derelações laborais considerou sempre os aspectos relativos às relações colectivas de trabalho eàs relações de emprego, mas nem sempre explorou teoricamente a natureza dessas diferenças.As perspectivas que apontam para a convergência dos sistemas salientam a importância dosfactores técnico-económicos, colocando actualmente o enfoque nas TIC e nas novascondições <strong>da</strong> competição internacional, que acentuam a interdependência entre as economias.Mas as mu<strong>da</strong>nças quanto à centralização/descentralização <strong>da</strong>s negociações, àdensi<strong>da</strong>de sindical ou à flexibilização dos recursos humanos não são o reflexo de quaisquerimperativos ou necessi<strong>da</strong>des técnico-económicas. Lima, considera que a convergência dos43

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