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Capa da TESE - Fesete

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organizações patronais. O indicador variação anual do poder de compra calculado com baseno salário real obtém-se retirando ao salário médio contratual ou recomen<strong>da</strong>do líquido, oefeito <strong>da</strong> inflação anual verifica<strong>da</strong>. Os três sectores, têxteis, vestuário e calçado apresentamvalores diferenciados, mas positivos, <strong>da</strong> variação do poder de compra dos trabalhadores, noperíodo 1996 a 2007; tendo 1995 como ano de referência para a nossa avaliação: no têxtil3,7%, no vestuário 6,4% e no calçado 2,8%. Se analisarmos a variação do poder de compraanual para o mesmo período encontramos anos com taxas de variação do poder de compra dostrabalhadores positivas, negativas e nulas. Podemos considerar que no período de referênciado nosso trabalho de investigação, 1996 a 2007, as retribuições base dos trabalhadores <strong>da</strong>sITVC pelo efeito <strong>da</strong> negociação colectiva sectorial anual e na sua ausência pelas retribuiçõesmínimas recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelas organizações patronais ou pelo Salário Mínimo Nacional, foipossível recuperar o poder de compra perdido pelo efeito <strong>da</strong> inflação e ain<strong>da</strong> melhorar o seusalário real, sem no entanto alterar o padrão de baixas retribuições pratica<strong>da</strong>s nas ITVC.No Capítulo II, ponto 1, o nosso enfoque foi colocado nos Contratos Colectivos deTrabalho (CCT’s) sectoriais, que definimos como as convenções colectivas de trabalhonegocia<strong>da</strong>s entre os parceiros sociais dos sectores e relativos às relações de emprego, àscondições de trabalho e às regras entre as organizações outorgantes dos CCT’s. Na nossaanálise e avaliação aos CCT’s negociados no período entre 1996 e 2007, procuramos eluci<strong>da</strong>ras alterações às normas, a incorporação de novos conteúdos nas dimensões obrigacionais enormativas dos CCT’s e, verificando-se alterações nas normas e a incorporação de novosconteúdos, saber se estamos perante a construção de diferentes configurações sociais naregulação <strong>da</strong>s relações laborais <strong>da</strong>s ITVC. Embora o nosso período de referência se situasseentre 1996 e 2007, a nossa observação aos CCT’s para recolha de informação obrigou-nos aprolongar retroactivamente a nossa observação até 1981.O nosso trabalho de investigação realiza-se num contexto de grande pressão para adesregulação social através dos seus principais elementos, o Código do Trabalho, anegociação colectiva e as Directivas <strong>da</strong> União Europeia. O principal objectivo <strong>da</strong>desregulação social são as relações de emprego e as condições de trabalho, negocia<strong>da</strong>s emperíodos de maior equilíbrio nas relações de poder entre os parceiros sociais. As lógicaspolíticas emana<strong>da</strong>s pelos centros e instituições do poder económico, financeiro e político queestrategicamente mantêm desregulado ao nível global a circulação dos fluxos financeiros edos produtos manufacturados, defendem a concepção neoliberal de que as mu<strong>da</strong>nças <strong>da</strong>snormas devem subordinar-se ao reforço <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas e dos seus produtos.Esta concepção produz retrocessos sociais profundos no modelo social europeu, aumenta as299

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