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Direito Penal Esquematizado - Parte-Geral - 5ª Ed. - 2016 (1)

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1. (VIII Exame OAB Unificado — Setembro/2012). José conversava com Antônio em frente a um prédio. Durante a<br />

conversa, José percebe que João, do alto do edifício, jogara um vaso mirando a cabeça de seu interlocutor.<br />

Assustado, e com o fim de evitar a possível morte de Antônio, José o empurra com força. Antônio cai e, na queda,<br />

fratura o braço. Do alto do prédio, João vê a cena e fica irritado ao perceber que, pela atuação rápida de José, não<br />

conseguira acertar o vaso na cabeça de Antônio.<br />

Com base no caso apresentado, segundo os estudos acerca da teoria da imputação objetiva, assinale a afirmativa<br />

correta.<br />

a) José praticou lesão corporal culposa.<br />

b) José praticou lesão corporal dolosa.<br />

c) O resultado não pode ser imputado a José, ainda que entre a lesão e sua conduta exista nexo de causalidade.<br />

d) O resultado pode ser imputado a José, que agiu com excesso e sem a observância de devido cuidado.<br />

2. (MP/GO — 2012) Em relação à imputação objetiva é correto afirmar:<br />

a) imputação objetiva ou responsabilidade penal objetiva significa atribuir a alguém a realização de uma conduta criadora de<br />

um relevante risco juridicamente proibido e a produção de um resultado jurídico;<br />

b) o comportamento e o resultado normativo só podem ser atribuídos ao sujeito quando a conduta criou ao bem (jurídico) um<br />

risco juridicamente desaprovado e relevante;<br />

c) para fins de responsabilização do agente, a análise do estado anímico (dolo) precede à análise da imputação objetiva do<br />

resultado;<br />

d) a teoria da imputação objetiva surgiu com a finalidade de limitar o alcance da teoria da equivalência dos antecedentes<br />

causais. Por meio dela deixa​-se de lado a observação de uma relação de causalidade puramente normativa (jurídica) para<br />

se valorar outra de natureza puramente material.<br />

3. (Procurador da República — 21º Concurso — 2004) A regra de imputação acolhida pelo Código <strong>Penal</strong>:<br />

a) é exclusivamente a equivalência dos antecedentes causais;<br />

b) é a da conditio sine qua non com temperamentos;<br />

c) é suficiente para determinar a atribuição do resultado ao autor;<br />

d) é incompatível com a teoria da imputação objetiva que incorpora a noção do risco.<br />

■ GABARITO ■<br />

1. “c”. De acordo com a teoria da imputação objetiva, o agente não responde pelo resultado porque sua conduta diminuiu o risco produzido<br />

por terceiro ao bem jurídico (evitou um homicídio).<br />

2. “b”. a) imputação objetiva não se confunde com responsabilidade penal objetiva (sem dolo ou culpa); c) a análise da imputação objetiva<br />

é que precede a verificação da imputação subjetiva, ou seja, do dolo; d) a imputação objetiva deixa de lado a causalidade material e, em

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