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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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que caractelizaram os estudos com esquema , as duas <strong>de</strong>scritas - o prazer estttico da<br />

regularida<strong>de</strong> como motivaçâo e a anose <strong>de</strong> variveis isoladas - se esgotarnm . E nesse<br />

sentido que Zeiler afirma, no trabnlho que verlho citando, que os esquemm sâo o gigante<br />

adormeddo; d tambëm nesse sentido que eu acrescento que, se o gigante estâ adormecido,<br />

isso se <strong>de</strong>ve âs pessoas mais provavelmente culpadu que sâb os pröprios pesquisadores.<br />

Ou seja, novamente, o culpado era o mordomo. . .<br />

Entretanto, é claro que as duas estratégias <strong>de</strong>scritas nïo esgotam a anzise. Se<br />

eu preten<strong>de</strong>sse isso, seria certamente, chamada <strong>de</strong> mentirosa e confrontada com a.<br />

gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisas que ainda vem sendo feitas em esquemas <strong>de</strong> reforçamento.<br />

H5, ainda, um a perspectiva importante que : a utilizaçâo dos esquemas como<br />

instrumentos para a <strong>de</strong>scriçâo e compreensâb <strong>de</strong> relaçöes comportamento-ambiente<br />

que transcen<strong>de</strong>m os pröprios limites do esquem a. Consi<strong>de</strong>rando esquemas como instrumento<br />

<strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista amplo, po<strong>de</strong>-se marcar o infcio <strong>de</strong>ssa maneira <strong>de</strong> trabalhar<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o uso dos esquem as como linha <strong>de</strong> base.<br />

O esquema com o linha <strong>de</strong> base usada para estudar o efeito <strong>de</strong> outras varilveis<br />

foi a estratégia consagrada pelo livro <strong>de</strong> Sidman (1960). Foi rapidamente incorporada<br />

à pesquisa em Anfise Experimental do Comportnmtnto porque produzia padröes previsfveis,<br />

regulares e sensfveis <strong>de</strong> comportamento permitindo avaliar o efeito <strong>de</strong> variâveis<br />

manipulad% usando o préprio <strong>de</strong>sempenho do sujeito como referencial. . .<br />

Como linha <strong>de</strong> base, pordm , logo ficou claro que os esquem as eram <strong>de</strong>terminantes<br />

po<strong>de</strong>rosos do comportamento (por exemplo, veja-se o extenso trabalho <strong>de</strong><br />

Morse e Keleher, 1970), e que sua influ:ncia na modulaçâb do efeito das variâveis<br />

manipuladas nâb podia ser ignorada. A preocupaçâb com efeitos particulares <strong>de</strong> esquemas<br />

particulares levou, entâo, à abordagem <strong>de</strong>scrita antes, <strong>de</strong> se tentar enten<strong>de</strong>r o<br />

comportamento gerado pelo esquema, na forma <strong>de</strong> uma anilise orientada para variiveis.parece,<br />

entâo, que se fecha o cfrculo, lma vez que voltamos para o tipo <strong>de</strong> pesquisa<br />

que acabam os <strong>de</strong> criticar.<br />

Na #erda<strong>de</strong>, apesar da crïtica, a abordagem orientada para anfise <strong>de</strong> varifveis<br />

do esquema foi frutffera. E1a <strong>de</strong>monstrou, por exemplo, que o <strong>de</strong>sempenho gerado<br />

pelos esquem as é unitério e po<strong>de</strong> ser usado com o unida<strong>de</strong>; prodllziu, tnmbëm ltm conjtmto<br />

<strong>de</strong> relaçöes funcionais <strong>de</strong>scritivas as quais constituem um paso importante na<br />

compreensâo <strong>de</strong> comportamentos complexos (Marr, 1984), em que pessm as difictlda<strong>de</strong>s<br />

da integraçfo <strong>de</strong> diversas relaçöes isolad%.<br />

A conclusâb, acho, é que ao longo da histöria da pesquisa em esquem as, cada<br />

uma das fases ou dos agrupamentos que <strong>de</strong>screvi acabou produzindo efeitos. Como tal,<br />

cada uma foi importante e necesso a e a pesquisa em esquemas foi sendo dialëticnmente<br />

influenciada em cada etapa. O que resulta hoje, me parece, é o tlso dos esquemas<br />

principalmente como instplmento, mas como instrumento j; calibrado, 1lm uso <strong>de</strong>rivado<br />

da estratdgia <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base m is enriquecido pelos sucessos e fracassos <strong>de</strong> outras<br />

estratëgias, cronolo/camente simultaneas ou nâb.<br />

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