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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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seus ftlhos nâb tinham maior obrigaçzo com a cidncia do que os <strong>de</strong>mais. .<br />

E mais comum usar voluntirios em çxperimentos com seres humanos. Aliâs,<br />

hoje se faam experimentos com voluntârios em prâticamente todos os gran<strong>de</strong>s centros<br />

<strong>de</strong> pesquisa do mundo. E extrem amente importante verificar, nesse tipo <strong>de</strong> exm rimentaçâo,<br />

se as pessou que se apresentaram como voltmtfrios enten<strong>de</strong>ram o tkso que se<br />

far; <strong>de</strong>las. Alis, Ixm dos advogados <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos médicos nazistas, julgados em<br />

Nmemberg, argumentou que em todo o m undo se <strong>de</strong>screvem os participantes <strong>de</strong> expen'mentos<br />

mldicos com o voluntârios. No entanto, afirmou o advogado;<br />

ç6 . . . é <strong>de</strong>cepcionante a extensâo em que os indivfduos sïo voluntfrios. (. . .)<br />

Na maioria das vezes (. . . ) acharemos a exploraçâo da ignorância, da tolice,<br />

<strong>de</strong> problemas financeiros'.<br />

f prec i so pon<strong>de</strong>rar<br />

as razöes que levnm o indivfduo à <strong>de</strong>cisâb <strong>de</strong> se apresentar<br />

como voluntirio para <strong>de</strong>terminada pesquisa. Assim , por exemplo, d preciso questionar<br />

se é voluntfrio o prisioneiro para quem se ofereceu comutar a pena; o indivfduo com<br />

problemas <strong>de</strong> dinheiro para quem .se ofereceu pagamento; o doente . crônico para<br />

quem Se Ofereceu esperança <strong>de</strong> Ctlra. '<br />

Da mesma fonna, é preciso questiopar se o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ser voluntirio é autêntico<br />

quando se pe<strong>de</strong> a participaçâo <strong>de</strong> um a pessoa em ensaio terapdutico que po<strong>de</strong>r;<br />

beneficiar pessoa querida em sofrimento ou quando se insinua, ao ambicioso ou <strong>de</strong>sajustado<br />

socialmente, que p'articipar do experimento p far; çepasar à histôria'.<br />

Tambdm d preciso consi<strong>de</strong>rar que o çtvoluntârio' po<strong>de</strong> ter problemas psicolö-<br />

#cos, evi<strong>de</strong>ntes ou nâo, <strong>de</strong>. certa profundida<strong>de</strong>i que o levnm atë mesmo ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

eventual suicfdio ou <strong>de</strong> se tornar ç'etem amente doente' e, por isso, merecedor <strong>de</strong> afeto<br />

e cuidados da socieda<strong>de</strong>. ' ' ' . .<br />

De qualquer forma, nâo se po<strong>de</strong> argltmentar que o pesquisador nâo é responsivel<br />

pelos efeitos adversos dos expen'mentos porque os participantes sâo voluntirios.<br />

f preciso, ao <strong>de</strong>fmir voltmtirio, estabelecer a forma <strong>de</strong> recruti-los. Para ese procedimento,<br />

é importante a colaboraçEo efetiva <strong>de</strong> lzma equipe multidisdplinar, com a pan<br />

ticipaçâo <strong>de</strong> psicölogos. . .<br />

' .<br />

Tnmbdm é preciso verificar se os volunto os constituem nmostra representa- .<br />

tiva da populaç:o que se <strong>de</strong>pja estuday. Eqse asm cto ë bem ilustrado por !lm trabnlho<br />

originalmente planejado p>ra estudar o efeito farmacolösco <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas drogas.<br />

Nessa pesquila foi pedida a colaboraçâo voltmtfria, embora remlmerada, <strong>de</strong> universitârios<br />

norte-amedcanos. Aparecernm 56 voluntïrios. Os pesquisadores resolvernm entâo<br />

entrevistar todos os jovens, com a ajuda. <strong>de</strong> psicölogos. Ficou claro que a maioria<br />

havia se apresentado para o experimento por motivos diversos como necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

encontrar ajuda prolisional para os pröpdos problemas, esperança <strong>de</strong> fuga atravds<br />

das drogas, <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> exm rimentar nov% drogas, etc. '<br />

,

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