19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

VIVENCIAS RELATIVAS AO TRABACHO EM<br />

AVALIACAO PSICOLOGICA<br />

D IFICU LDA DES, LIM ITES E PERSPECTIVAS PA RA O BRASIL<br />

EVA NICK<br />

Fundaçâo Getuio Vargas<br />

Reqetindo acerca das minhas 'vivdncias relativ% ao trabalho em avaliawo<br />

psicolögca, julgo que po<strong>de</strong>ria Oracterizm-las como se elas se tivessem <strong>de</strong>senrolado em<br />

tr:s momentos que <strong>de</strong>npminarei o momenio da i<strong>de</strong>alizaçzo; o mdmento da <strong>de</strong>silusro e<br />

o momento da m aturida<strong>de</strong>. Naturzlmente, estes momentos nâo sâb estanques, se inter-<br />

Penetram<br />

e se sobrepöem, mas, do ponto <strong>de</strong> vista histörico, posso dizer que no infcio<br />

era mais prer ante a i<strong>de</strong>alizaçâo, asim como hoje, a meu ver, prepon<strong>de</strong>ra a maturida<strong>de</strong>.<br />

Trago paza vocds esta visro por julgar que estes tr:s momentos nâo caracterizmm<br />

amnas a minha trajetôria pesoal, como, também, a histôria do uso dos testes psicolôgcos<br />

no trabllho <strong>de</strong> avaliaçIo, no Brisil.<br />

Na dëcada <strong>de</strong> 1940, os iestes se constituinm o ponto œntral do interesse do<br />

psicölogo. Vivfamos em lma época na qual proliferava o uso dos testes psicolöscos e<br />

era comlxm referir-se a esta ârea <strong>de</strong> atuaçfo como' sendo a irea <strong>de</strong> PSICOTM NICA. No<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, o Instituto <strong>de</strong> Selewo e Orientaçâo Profiuional, recdm-criado, lançava<br />

os seus ARQUIVOS BRM IV IROS DE PSICOT M NICA , reiista para a qual eu, ainda<br />

estudante <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> graduaçâb, j; escrevia - sobre testes, natumlmente.<br />

Creio nâb errar ao afirmar que neste enfoque tecnolögco, o papel do psicölogo<br />

se confundia com o <strong>de</strong> seus instnzmentos <strong>de</strong> avaliaçâo. Consequentemente, a oferta<br />

e a procura <strong>de</strong> cursos sobre testes era muito gran<strong>de</strong>; assim como a elaborawo <strong>de</strong> novos<br />

testes psicolögcos, entre os quais poso cwitar AS MINHAS MAOS, <strong>de</strong> a lepa Antipof.<br />

No entanto, ao mesmo tem po em que prevaleda este enfoque, o tlso que se<br />

fazia dos testes era, a meu ver, um uso empobreçido. Era fraca a ligalo da teoria<br />

psicolôgca com a. pre s da avaliaçâo; prâxis direcionada para satisfnz-r as exigdncias<br />

do momento. Posso citar, à guisa <strong>de</strong> exemplo, o que era feito a respeito dos testes <strong>de</strong><br />

aptidfo e <strong>de</strong> inteligdncia. Estes eram estudados, aplicados e interpretados, sem que se<br />

flzesse mençro das teorias da inteligênda . Da mesma f orma, ù TAT era énsin' ado sem<br />

' ' .<br />

referdncia à teoria <strong>de</strong> M URRAY. Pouco se resetia acerca das li nutaçses ' dos instrumentos<br />

utilizados e princfpios bâsicos <strong>de</strong> psicomeida el'am vizb,nlmente <strong>de</strong>scpnheci-<br />

dos. A procura do referencial te à rico se ' limitava , muitas vezes , a algumas noçöes G gas<br />

<strong>de</strong> psicopatologa e às teorias <strong>de</strong> sHR1nON.<br />

Natmmlmente, esta i<strong>de</strong>alizalo dos testes j; trazia, em seu ceme, as sementes<br />

da <strong>de</strong>silusâb. ' . . .<br />

523

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!