19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

FATO E sIèNIFIcADo<br />

LCCIA E. SEIXM PRADO<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> A o Carlos<br />

M consi<strong>de</strong>raW es que seguem, apresentam tlm tom coloquial que, nlxm curso,<br />

me pazece mnis apropriado e mais agradâvel.<br />

O aluno <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o infcio, apren<strong>de</strong> que estâ diante <strong>de</strong> llmn ddncia<br />

empfrica que, como tal, <strong>de</strong>ve comepr com fatos. Que estes fatos <strong>de</strong>vem ser fatos<br />

objelvos - isto é, sobre eles <strong>de</strong>ve haver acordo intersubjetivo - e que o acesso a eles<br />

se dâ pela observaWo. Em princfpio, nâo hâ mmo discordar <strong>de</strong> tais afirmaçöes. Po<strong>de</strong>m<br />

ser perfeitnmente aàequadas ou verda<strong>de</strong>iras, se os termos nelas contidos forem a<strong>de</strong>quadnmente<br />

interpretados. Pois, o que parece, â primeira vista, nada problem/tico, escon<strong>de</strong><br />

na verda<strong>de</strong> algumas armadilhas - po<strong>de</strong>m enganar o leitor, ou o ouvinte, levandoe<br />

a interpretar as teses acima referidas m'm sentido pouco a jequado<br />

â promoWo do co-<br />

nhecimento.<br />

Vamos tentar analisar, aqui, estas teses, respon<strong>de</strong>ndo na medida do possfvel -<br />

e no curto tempo disponfvel - is questöes que colocam :<br />

1) O que é 1:m fato objetivo?<br />

2) Que fatos po<strong>de</strong>m constituir a base ou o ponto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> lmn investiga-<br />

Wo? Isto é, em que sentido a cidncia começa com fatos? .<br />

3) Que condiW es sâb necessdrias para que se tenbn acesso aos fatos atravës da<br />

observaWo? .<br />

Nesta circunsto cia, nïo po<strong>de</strong>remos fazer mais do que levantar alguns pontos<br />

para reflexâo e para uma tentatim <strong>de</strong> resposta a estas questöes. Sabemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jd,<br />

que uma argumentaWo mais cone cente em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> nossas teses (que implicam numa<br />

cftica a lxma certa formn <strong>de</strong> fazer cidncia hoje, em Psicolosa) exigiria ltmn exposi-<br />

Wo bem mais longa ou melhor apoiada na reflexâb epistemolögica contemporânea.<br />

Isto serâ feito em outra ocasiâo.<br />

Comecemos, entâo, pela primeira questâo: o que ë um fato objetivo?<br />

Como jâ o dissemos o ano passado, fato objetivo ë aquele que ë dito mlmn<br />

<strong>de</strong>terminada linguagem , construfda para dar conta das relaçöes supostas peh teoria.<br />

Como elemento <strong>de</strong>ste sistemn di rehWes, o fato tem um significado e um significdo<br />

preciso.<br />

Tomemos um exemplo: llmn luz ver<strong>de</strong> se acen<strong>de</strong> . Em si mesmo este qyento<br />

nfo tem nenlmm significado. Nlzma versâo behaviorista tal evento po<strong>de</strong> fazer parte<br />

<strong>de</strong> um om rante e, nessa medida, po<strong>de</strong> significar 1lm So ou um estl'mulo reforp dor ou<br />

conseqûdncia que aumenta a probabilida<strong>de</strong> da resposta que o produz. Mas este nâo é,<br />

4l1

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!