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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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A INTERPRETACAO PSICANALIYICA D0S<br />

TESTES PSICOLOGICOS<br />

EVA NICK<br />

' Fundawo - Getv o Vargas<br />

,<br />

H se tornou clfsica a conceituaWo dos testes pyojetivos como sendo um instrumental<br />

que lida com a projewo, entendida esta como um mecnniqmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa<br />

<strong>de</strong>scrito por Freud e mlos picanalistas. Partirei <strong>de</strong>sta conceitualo para questionar a<br />

interpretaçâo psicanalftica dos testes projetivos.<br />

O que irei questionar? Em primeiro lugar, m rgunto: seré o mece sm o bisico<br />

postulado similar à projeWo no sentido psicanalftico? Pergunto ainda: Se a psicano se<br />

reconhece outros mecnniqmos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, alëm da projelo, como, por exemplo, a i<strong>de</strong>ntificaçâo<br />

projetiva, a i<strong>de</strong>ntificalo com o apeuor, a racionnlizaWo, et. c., porque limitar<br />

a açfo dos mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa à projeç:o? Outra indagaç:o que pretendo exnminar<br />

ë até que ponto po<strong>de</strong>m os interpretar, çom apoio em lxma teoria psicanalftica, testes<br />

que foram <strong>de</strong>senvolvidos com base em outro tipo <strong>de</strong> teoda. Finnlmente, cabe indagar<br />

quais os limites <strong>de</strong> lxmn interpretaçfo psicanalftica em lxma situaWp que tanto difere<br />

<strong>de</strong> llma sessâp terapdutica. . .<br />

Como se costuma fazer Ixma interpretaçâp psicanalftica <strong>de</strong> um teste psicolögico?<br />

Um dos exemplos dq que me <strong>de</strong>sejo valer é o apresentado por Grasano <strong>de</strong> Piccolo<br />

em sua obra Glndicadores Psicopatolö#cos em Tëczlicas Projetivas'. Com refer:nda ao<br />

teste Desi<strong>de</strong>rativo, no qual a m rgtmta apresentada ao exnminando ë çO que vocd mais<br />

gostada <strong>de</strong> ser se nTo pu<strong>de</strong>%e ser uma m ssoa?', a autora discute uma resposta: Tartaruga,<br />

porque n:o po<strong>de</strong>da correr. & ta resposta é interpretada como expressfo da dor<br />

m la lentilkaWo das funçöes egöicas, efeito do controle e da restrilo, em um caso<br />

<strong>de</strong>pressivo. Observamos, a respeito, que a interpretaçâo % apoia em uma teoria psicanalftica<br />

esm cffka, o que nos leva a enfatizar as vârias maneiras <strong>de</strong> se faa r uma interpretaçâo<br />

psicapalftica. Alëm disso, cabe observar que a interpretaWo parece prescindir<br />

das assodaWes e dos comentirios do exnminando,jâ que d sobre a resm sta Apresentada,<br />

e em mnis nada, que se. ftmdamenta a interpretaçxo.<br />

Um dos <strong>de</strong>poimentos que <strong>de</strong>sejo lembrar é o <strong>de</strong> Rorschach.<br />

Diz ele, falando <strong>de</strong> seupsicodiar östico:<br />

GNR R trata, pois, <strong>de</strong> enca .rar este teste como método <strong>de</strong> m netraçâb no<br />

incons<strong>de</strong>nte; no mfnimo? fica mlzito atrés dos outros métodos <strong>de</strong> ano se psicolögica<br />

em profundida<strong>de</strong>. . . isto x compreen<strong>de</strong> na medida em que o teste nïo suscita xxma<br />

criaçfo livre com ponto <strong>de</strong> partida subconsciente, mas exige uma adaptaWo a estfmulos<br />

exteriores apresentados, lzma intervenç:o da tfunlo do real'-'<br />

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