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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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369<br />

por drcunstâncias apazigm doras da relaçâo hetero-homossexm l. Encontramos <strong>de</strong> novo<br />

a imposiçâo social: - etse d, asuma'. Ou seja, - çtocum o seu lugar conforme é <strong>de</strong>terminado<br />

aos homossexuais como você''<br />

As mensàgens que os sujeitos recebem na interaçâo com heteros dizem 'para<br />

nâb perturbarem. Para tanto, <strong>de</strong>verâb a#r com naturalida<strong>de</strong>, mantendo contudo, a<br />

consciência <strong>de</strong> que sâb diferentes. f mais ou menos o que se encontra no comportamento<br />

discriminatörio com relaç:o ao nepo.<br />

Com relaçâb ao ocultamento da pröpria homossexm lida<strong>de</strong>, encontramos<br />

situaçöes que interagem com esta escoza. O grupo familiar d objeto dos primeiros<br />

<strong>de</strong>sencbntros e <strong>de</strong> aprendizagem , tanto da revolta quanto da culpa. Se nâo houve lzma<br />

participalo da fami:ia no fato <strong>de</strong> o indivfduo perceber sua homosexm lida<strong>de</strong>, (ou<br />

seja - participaçâo direta), é da famflia antes <strong>de</strong> mais nada que e1e vai oculta.r sua forma<br />

<strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong>. ' '<br />

Os amigos fntimos po<strong>de</strong>m participar da situaçâo, na condiçfo <strong>de</strong> ççiguais'' ou<br />

tinformados', <strong>de</strong> acordo com Gofman. Eles po<strong>de</strong>m asegurar o encontro. Quando a<br />

relaWo se estabelecer entre iguais, isto é, quando os amigos sâb tambdm homosexxuiq,<br />

hâ a participaçïo em locais comllng que po<strong>de</strong>m se constituir em guetos. No caso <strong>de</strong><br />

informados, vemos relaçœ s em que a sexualida<strong>de</strong> n:o constitui o mövel das relaçœ s e<br />

o conhecimento <strong>de</strong>la nâb interfere na afetivida<strong>de</strong> da amiza<strong>de</strong>.<br />

' Os locais comlmq <strong>de</strong> èncontro <strong>de</strong> iguais, servem <strong>de</strong> proteWo e <strong>de</strong> afimaçâ'o da<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> homosexml. ReaflrmaWo e compreensâb dos <strong>de</strong>sejos com lnq, po<strong>de</strong>ria sei<br />

'zm a situaçâo importante se <strong>de</strong> fato assim ocorresse. Nossa exm ri:ncia mostra que<br />

lugares <strong>de</strong> encontros 'tgays'' se tornam mais ltma guetizaçâo pura e simples, on<strong>de</strong> a<br />

noçâb da pröpria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> homossexual po<strong>de</strong> servir para <strong>de</strong>negrir as m ssoas e nâb<br />

para protegê-las. Algo m uito diferente ocorre com o çr rupo Gay da Bahia'. Atravës<br />

<strong>de</strong> uma mobilizaç:o organizada, conseguiu no Brasil, eliminar do CID - o famigerado<br />

302.0, que consi<strong>de</strong>rava a homossexlmlida<strong>de</strong> como <strong>de</strong>svio e transtorno sexual. A organizaçâo<br />

<strong>de</strong>ste p upo, em rellnises <strong>de</strong> esclarecimentos e apoio métuo, apresenta resuludos<br />

ao nfwi pesoal dos participantes e <strong>de</strong> alcance sodal em beneffcio <strong>de</strong> muitos<br />

<strong>de</strong>sconhecidos.<br />

' A compreensro <strong>de</strong> toda uma trajetöria social e por isl psicol6#ca, po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstrar aos indivfduos que se dizem hom ossexuais, o qlunto estâb permitindo que<br />

seus amores se tomem culpados aos olhos dos outros. Conforme Ginsberg, é predso<br />

'tconlar nos pröprios xntimentos, contar com eles. Acho que gran<strong>de</strong> parte dos conllitos<br />

homossexlmis provdm <strong>de</strong> aoimilsrmos a <strong>de</strong>sconllança que a socieda<strong>de</strong> tem dos nossos<br />

amores. O que nos faz duvidar <strong>de</strong> nös mesmos e <strong>de</strong>les e nos incapadtar'. (1<br />

Izyland, 1978: 177). E por isso talvez na trajetöria da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> homosexual, vamos<br />

encontrar pessoas que namoraram , estabeleceram relaçœ s, que se casaram com mxxmeres<br />

ou tiveram ftlhos, antes <strong>de</strong> optarem m lo <strong>de</strong>sejo homo. Ou seja, antes <strong>de</strong> optarem<br />

por Alma vida sexual cpm outrots) homem. Dificilmente encontramos indivfduos que .

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