19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

358<br />

que quanto melhor, pior é. No entanto, a m argem <strong>de</strong> tolero cia às violdncias nâb d<br />

<strong>de</strong>flnida apenas, nem em pdmeil'a instância, pelo grau <strong>de</strong> satisfaWo das necesida<strong>de</strong>s<br />

vitais, m as pelo modo como o grupo vive a relaçâo entre sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> söcio-cultural<br />

e as suas condiçöes sociais <strong>de</strong> existdncia. A insistência em restaurar a forma <strong>de</strong> produ-<br />

Wo fnmiliar nâb atendi apenas a intereses econômicos, pois o nécleo fnmiliar, aldm<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong> produtiva, constitui uma entida<strong>de</strong> söcio-cultural vital para os cnmponeses,<br />

o espaço <strong>de</strong> referência para a sua integraçâo na vida social e para dar sentido âs possibilida<strong>de</strong>s<br />

e às opçöes individuais.<br />

Na luta pela terra, os cnmponeses estruturpm a sua açâo segundo trds princfpios:<br />

o princfpio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, que se refert à relaç:o do ator consigo mesmo, a sua<br />

constituiçâo social e cultural face â Bgica <strong>de</strong> açâo em vista; o princfpio <strong>de</strong> oposiçâo,<br />

que concerne â relaçâb entre o ator e o seu adversârio e m arca a dimensâb propriamente<br />

conflit'lnl da açâb; e o princfpio <strong>de</strong> totalida<strong>de</strong>, que diz respeito a duas relaçöes<br />

necessâria ao objeto do conflito: a relaçfo do ator ao objeto, que assinala o lugar<br />

ocupado pelo ator no contexto on<strong>de</strong> a alo se <strong>de</strong>senvolve, e a relalo entre o adversârio<br />

e o objeto, indicando a dominaçâb a qual o ator est; submetido. E d por ser tâo<br />

total, que os cnmponeses nâb conseguem abandonar essa luta tâb perseguida; é fato<br />

que a sua organizaçâo e m obilizaçâb apresentnm muitos problem as, avançar da luta<br />

imediata para a realizaçR <strong>de</strong> 1zm projeto polftico <strong>de</strong> transformalo da socieda<strong>de</strong> /<br />

Y<br />

tarefa das mais inpatas. M as os nimeros provam que o campo d uma frente <strong>de</strong> batnlhn<br />

pela construçâb <strong>de</strong> llma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrâtica.<br />

A Anistia Internacional nos mostra <strong>de</strong> forma bastante clara llma velha doença<br />

brasileira que se conflrma em ativida<strong>de</strong> m zm pafs que se urbaniza velozmente e que<br />

aceaba <strong>de</strong> conquistar um patamar mais <strong>de</strong>senvolvido para seus trabalhadores das dda<strong>de</strong>s,<br />

que convive com uma imensa m assa <strong>de</strong> indivfduos para quem o regime <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>s<br />

pliblicas quase nada sigrtifica, pois o seu cotidiano é <strong>de</strong> carnificina, e tem os 1Im<br />

governo que esté, no m fnimo, pennitindo que os mais blicos direitos <strong>de</strong> llma gran<strong>de</strong><br />

'<br />

parte d eseus<br />

ddadâbs sejam pisoteados. f preciso dar 1lm basta nessa situaçâo; d<br />

preciso enten<strong>de</strong>r os camponeses enquanto sujeitos histöricos <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>stino.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!