19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

d<br />

624<br />

quecim ento da personalida<strong>de</strong>, como 1lm emmpo fecundo <strong>de</strong> relaçöes hlmanas maduras,<br />

on<strong>de</strong> a passagem da subordinaçro à autorlomia, da <strong>de</strong>penddncia à in<strong>de</strong>pendéncia,<br />

da imitaçâb à cdativida<strong>de</strong>, fosse efetiva. Entretanto é ficil perceber que acontece exatnmente<br />

o contrfrio. A escola d um ceniro <strong>de</strong> relaçöes autoritfrias, visfveis tanto em<br />

'<br />

sua estnztura administrativa como na burocritica, que b rantem'o trânsito da i<strong>de</strong>ologia<br />

dominante na rf#da hierarquizaWo, na qlul as <strong>de</strong>cisGes provdm sempre dos escalöes .<br />

superiores e seguem um percurso <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, no qual n:o h; a menor participaçâo<br />

jos inferiores, impedidos <strong>de</strong> discutir e ou sugerir alternativas para sua pröpria atuaçro.<br />

Cada um dos seus mem à ros ' d autoritirio com seus subordina 21 os e d epen <strong>de</strong>nte <strong>de</strong> seu<br />

superior, a quem <strong>de</strong>ve ser subm isso. Ensina-se a subm issâb, a medioirida<strong>de</strong>, a passivida<strong>de</strong><br />

e ajuda-se o aluno a tornar-se elemento social döcil, fécil <strong>de</strong> ser ptilizado pelo sistema<br />

social. ajudando-se a e1e sem questionnmento.<br />

Alëm disto e1a contribui <strong>de</strong> maneira para a exclusâo <strong>de</strong> jir ificativa parcela<br />

da populaçâb do direito à educw âb que todos t:riz. 20 m ilhies <strong>de</strong> analfabetos, 30 milhses<br />

<strong>de</strong> analfabetos funcionais, 8 milhöes <strong>de</strong> crianças sem escola ou que <strong>de</strong>la se afastarnm<br />

precocemente, 80% <strong>de</strong> repetdnci! entre a 1 # e 8 # sëries, apenas 20% dos jovens<br />

em ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frequentar o 2 9 grau, conseguindo fazd-lo e uma Universida<strong>de</strong> elitista à<br />

'<br />

qual<br />

nâb t:m aceso as camadas pobres da populaçâo, s:o realiéa<strong>de</strong>s objetias que<br />

apontnm' a nro inserçro da escùla entre as que estariam contribuindo parà a formaçïo<br />

<strong>de</strong> jesoas conscientes, crfticas, èapazs <strong>de</strong> lutar pela transfonnaçïo da socieda<strong>de</strong> em<br />

direçfo à <strong>de</strong>mocracia. Observa-se claramente que a escola tem uma contribuiçâo significativa<br />

no exercfcio do po<strong>de</strong>r pelos grupos dominantes, ë uma concessionlia da<br />

violdncia <strong>de</strong> 1zm sistema social, polftico e econômico, no qual as necessida<strong>de</strong>s da gran<strong>de</strong><br />

maioria da populaçâo nâb sâo consi<strong>de</strong>radas. O relatörio do Banco Muridial, data-<br />

'<br />

do <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1988, <strong>de</strong>screve o pafs como sen d o uma<br />

das mais <strong>de</strong>sigtfais distribui-<br />

çöes <strong>de</strong> renda no mtmdo, ocasionando disparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, sau<strong>de</strong> e educaWo<br />

para diferentes sem entos da populaçâb, persistindo atravës <strong>de</strong> muitas dëcadas,<br />

apesar do consi<strong>de</strong>rfvel crescimento econômico do pafs. .<br />

'<br />

' Atravds . <strong>de</strong>stas consi<strong>de</strong>raçôes estâmos i<strong>de</strong>ntificando importantes inlludncias<br />

perniciosas, causas primeiras <strong>de</strong> infzmeros agravos â popul . açâb: o sisteria sodal violento<br />

e sua tenddnçia a reproduzir-se nàs instituiçöes e, em flosso caso, na escola.<br />

Re éetindo<br />

sobre as forps que apoinm os indivfduos na resistlncia > estas si-<br />

. . . .<br />

'<br />

.<br />

. tuaçöes perniciosàs, fortas que <strong>de</strong>verfo' ser criadas e incentivadas para' que a saé<strong>de</strong><br />

mental escolar seja alemnpda, po<strong>de</strong>remos ajontar uma sé. rie <strong>de</strong> situaçöes extraescolares<br />

e intra/zscolares. . '<br />

Entre as pn'meiraà estarinm os movinientos orgnnizados objetivando à rever-<br />

'<br />

s:o ds tpdu as situaçöes <strong>de</strong>correntes da re ali da<strong>de</strong> polftico-söcioeconômica<br />

pçrver-<br />

' ' '<br />

.<br />

. ,<br />

' ' ' 'i'*'<br />

'<br />

sa; na qukl je encoptrâ imersb a p'an<strong>de</strong> maioria di nosq populawo, Lsto d', a pobreza<br />

e suas consequdnciu no rebaixamentp da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, que coloca 80% dos<br />

brasileiros em situaçfo <strong>de</strong> <strong>de</strong>skantàgem tnmbém em relaçâo à educaçâb e dâ origem âs

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!