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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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mentos sociais. Era bastante neaosa e ansiosa. Teve uma <strong>de</strong>pressâo pös-parto com duraWo<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 dias. Dizia-se muito insegura para lidar com R, sentindo-se sobrecarregada<br />

porque na concepçïo do pai, ela, a mfe era a responsïvel pela educaçâb da<br />

criança; relatava que questionava tal situaçâb; mas na pritica terminava assumindo<br />

toda a proposta do pai. .<br />

O atendimento do c%o constou <strong>de</strong> cinco sessses iniciais com os pais com os<br />

objetivos acima <strong>de</strong>scritos. No final da pdmeira sesâo eu pedi que pai e mâe fizessem<br />

separadamente, um relato por escrito <strong>de</strong> 1lm dia da criança o mais claro e completammktc<br />

possfveis. Vejamos dois mquenos trechos <strong>de</strong>les:<br />

Relato da W e.'<br />

tç<br />

. . . saf com e1a pal'a o supermercado; ela quer me imitar em tudo. Ao cheglrmos<br />

e1a Rlmoçou e <strong>de</strong>pois foi conversar com a tia através do muro. Depois foi dar<br />

uma voltinha <strong>de</strong> moto com o pai; nisso chegou o m ed nico para arrllm ar o carro. E1a é<br />

muito sapeca. Enquanto o pai conversau com o mecânico e1a <strong>de</strong>rrubou a m oto e quebrou<br />

o vidro. O pai n:o reagu, entrou e reclamou comigo; eu expliquei que nâo podia<br />

ee la mç respon<strong>de</strong>u que nâb fazia ma1 porque o pai compraria outro'' .<br />

Relato do 'p/'<br />

$6 . . . enquanto eu <strong>de</strong>sm ontava um guarda-roupa no quarto, e1a ficava mexendo<br />

em tudo, nâb obe<strong>de</strong>cendo aos insistentes pedidos para nâb mexer. œ pois <strong>de</strong> me<br />

irritar muito, ia mexer com a mâb que estava law ndo roupa, fazendo arte, respon<strong>de</strong>ndo<br />

e nTo obe<strong>de</strong>cendo, on<strong>de</strong> acabou am nhando. Saiu <strong>de</strong> perto da mfe, licou uns 15<br />

minutos chorando e gritandö no quarto em que eu estava, até que com eçou a fazer<br />

arte, e quando eu Rmeaçava bater e1a me dizia que iria chorar. Assim foi todo o dia,<br />

nos <strong>de</strong>ixando nervosos com suas artes, teimosias, l tos, choros e marlha.'.<br />

Dm ante essas sessGes, os dois relatos completos foram analisados <strong>de</strong> form a a<br />

transm itir para os pais os princfpios que estavam ali evi<strong>de</strong>ntes, fazendoes compreen<strong>de</strong>r<br />

que eles tirtham instalado e mantinham gran<strong>de</strong> parte dos comportamentos ina<strong>de</strong>quados<br />

<strong>de</strong> R, atravës do relacionamento <strong>de</strong>les com ela e/ou dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamento<br />

<strong>de</strong>les. Nestas sessGesy discutfmos novas formas <strong>de</strong> interaçâo, consi<strong>de</strong>rando-se os<br />

limites pessoais <strong>de</strong> caèa um dos envolvidos em cada evento. Fornm <strong>de</strong>senvolvidos todos<br />

os aspectos listados na <strong>de</strong>scriçâo dos objetivos do trabalho com os pais.<br />

A partir da 6 ! sesslo <strong>de</strong> atendimento do caso R veio à clfnica semannlmente,<br />

por um perfodo <strong>de</strong> 1 ano e 8 meses, nos quais estâo inclufdos trds meses <strong>de</strong> fdrias e<br />

uma interrupçâo <strong>de</strong> 20 dias por m otivo <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> R.<br />

Essa sessTes tinlmm em média 'xma hora <strong>de</strong> duraçâo, sendo que 40 minutos

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