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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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CO MPO RTAM ENTOS AUTO-LESIV OS EM IND IV I-DUOS<br />

EXCEPCIONAIS:CONTRIBUICOES DA ANALISE DO<br />

, COMPORTAMENTO<br />

SONIA BEATRIZ MEYER<br />

Uhiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sâo Pàtlo .<br />

715<br />

Ao se tentar analisar o töpico <strong>de</strong> comportamentos autp-lesivos com os princfpios<br />

<strong>de</strong> comportamento hoje conhecidos, a primeira questâo que surge é a do porqu:<br />

lzma açâo que produz lesâb e dor continua ocorrendo. Nâb seria <strong>de</strong> se esperar que a dor<br />

consequente a açöes como bater-se ou mor<strong>de</strong>r-se funcionasse como estïmulo punitivo,<br />

portanto dimimtindo a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrdncia <strong>de</strong>stas açöes? .<br />

O comportamento auto-lesivo d lma açâo auto-inflingda, geralmente repetitiva,<br />

estereotipada e crônica que jesulta em dano ffsico direto para a pesspa, e que nâb<br />

produz, aparentemente nenhuma conseqûdncia <strong>de</strong>sejâvel. Sua freqïi:ncia po<strong>de</strong> variar<br />

<strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> veas por hora a vârias vezes por m:s (Fave1, Azrin, Baumeister, Car,<br />

Dorsey, Forehand, Fou , O vaas, Rincover, Risley, Romanczyck, Russo, Schroe<strong>de</strong>r e<br />

. Solnick, 1982). Vârias. formas <strong>de</strong> comportamentos auto-lesivos tem sido relatadu na<br />

literatura, entre elas bater-se, mor<strong>de</strong>r-se, arranhar, beliscar, pressionar o olho, puxar<br />

cgbelo, vomitar repetidamente ou vomitar e reingerir a comida, consumir substâncias<br />

nâb comestfveis como cigarros ou fezes.<br />

A ocorréncia <strong>de</strong> comportamentos auto-lesivos é m ais frequente nos indivïduos<br />

diagnosticados com o autistas, esquizofrêrticos, retardados ou lesionados cerebrais.<br />

Estimativas da ocorr:ncia <strong>de</strong> comporbmentos auto-lesivos varia <strong>de</strong> 8% a 14%<br />

dos indivfduos retardados institucionaliados (Baumeister e Rolings, 1976). .<br />

Sâb Fan<strong>de</strong>s os problemas e os riscos relatados para os indivfduos que apresentam<br />

comportamentos auto-lesivos. Alplmas <strong>de</strong> suas respostas produzem 1:m dano<br />

pequeno, e o comportpmento po<strong>de</strong> ser voluntariamente interrbmpido até que a lesâo<br />

sare, enquanto, nos casos mais extrem os, 1zm indivfduo po<strong>de</strong> bater-se ou pressionar<br />

seu olho até per<strong>de</strong>r a consciJncia, <strong>de</strong>slocar a retina, ou mesmo morer, caso nâo seja<br />

restringido (Balmeister e Rolings, 1976). Aldm dos danos ffsicos, eles sâb prejudicados<br />

qlmndo este compprtamento os impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s educacionis<br />

ou sociais. Isto, em parte, <strong>de</strong>core do fato <strong>de</strong>les nâb rea#rem aos estfmulos extemos<br />

enquanto se autoestimuhm (Lovaas, Newsom e Hickman, 1987). A dm disto, as<br />

restriçöes fïsicas e qufmicas frequentemente usadas como medidas <strong>de</strong> proteçâb contra<br />

a: auto-lesöes, po<strong>de</strong>m resultar em outros danos ffsicos como encurtnmento <strong>de</strong> tendöes<br />

causados por imobilida<strong>de</strong> prolongada, ou apatia causada pelas drogas (F'avel1,<br />

Azrin et al. 1982). 'Comportnmentos auto-lesivo' s tambdm se constituem em um pro-

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