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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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Wo e v<strong>de</strong>m se'u filho com o <strong>de</strong>vidamente socializado , ora o maior <strong>de</strong>sespero porque o<br />

filho estâ imaturo, ë inconstante nos setls oàjetivos, nâo se encaixa em nenhlma<br />

escola.<br />

E, alëm do m ais, os pais t:m que se <strong>de</strong>frontar com l1m indivfduo que , às claras,<br />

diz o que quer, do que gosta, o que nTo quer, e que nfo preten<strong>de</strong> ser forçado a ir contra<br />

os seus tçvalores' , tç P rincfpios'' , estando perfeitamente integrado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> Izma<br />

m oralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> curtiçâb e indivi ' dualista, a que o prdprio processo <strong>de</strong> educaçâb o levou:<br />

o pensar primeiro em si, <strong>de</strong>fmir o certo e o errado em funçâo do que est; bom ou rlzim<br />

para si mesmo, analisar e valorizar em primeiro lugar a forma como vé o mundo , as<br />

m ssoas, o trabalho e o nâb se exigir o que nâb se consi<strong>de</strong>ra com capacida<strong>de</strong> ou vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer.<br />

Se o adolescente estâ %tintegrado ao contexto da cultura jovem ' a que o processo<br />

<strong>de</strong> educaçâo mo<strong>de</strong>rno, diferente e distante daquele que socializou seus pais , o<br />

levou, o que se pergunta ë: por que os pais estranham tanto essé filho adolescente ,<br />

jovem? Por que acham ruim o seu comportamento?<br />

Seria por ambival:ncia? Por competiçâo com os filhos? Por auséncia <strong>de</strong> parâmetros<br />

çontra os quais pensar o como da a<strong>de</strong>quaçâb para os jovens neste final <strong>de</strong><br />

sëculo XX? Por lentimento <strong>de</strong> culpa? (Bothorel, 1987).<br />

Na realida<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> educaçâo parece ser govem ado por variâveis que se<br />

combinam e compGem a cada momento dahistöria tun todo diverso, mas a e1e adaptado .<br />

Cada cultura e mesmo os grupos sociais menores <strong>de</strong>ntro da cultura , tem , <strong>de</strong> forma m ais .<br />

ou menos implfcita, noçöes <strong>de</strong> com o <strong>de</strong>ve ser l:m t'adulto i<strong>de</strong>al'' <strong>de</strong> como seria ttm<br />

ejovem mo<strong>de</strong>lo' o lçsonho <strong>de</strong> criança'; como conseqûéncia os socializadores valoram<br />

positivamente alguns aspectos (ditos âs vezes qualida<strong>de</strong>s) dos indivfduos, contra uma<br />

valoraçâo negativa <strong>de</strong> outros (<strong>de</strong>feitos), procurando levâ-los a se aproximarem <strong>de</strong>ses<br />

conceitos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>al, ao mesmo tempo em que reafirmam os valores <strong>de</strong> sua cultura (e<br />

Su-culturg). '<br />

0 mom ento atual traz como pensnmentos dominantes a prbocupaçâo com o<br />

<strong>de</strong>senw lvimenfo do indivfduo, ao longo <strong>de</strong> toda sua vida, buscando realizar as suas<br />

potencialida<strong>de</strong>s; a estimulaçâo <strong>de</strong> idiossinctasia atravës <strong>de</strong> mna moralida<strong>de</strong> individualista<br />

e <strong>de</strong> curtiçâb (Postman, 1982).<br />

Essa prâtica <strong>de</strong> educaçâo calcada em valores çom'o<strong>de</strong>rnos'' se aplica a crianças<br />

que vâo assimilar tais conteédos segundo' condiçôes pessoais <strong>de</strong>las naquele momento;<br />

entâb ao reagir â prâtica o indivfduo a trarisfonna e acaba #or ser produtor<br />

do pröprio <strong>de</strong>senvoldmento, distanciando-se dos projetos <strong>de</strong> vida (e frequentemente<br />

nâb expresos diretamente) que o ambiente traçou para ele.<br />

O fato <strong>de</strong> o ambiente familiar estar intensamente voltado para a prole, bem<br />

como o <strong>de</strong> que os adultos elaboram projetos <strong>de</strong> educaçâb <strong>de</strong> filhos, chegam a <strong>de</strong>senvolvd-los<br />

atë em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outros tantos que seriam m ais pessoais , traz, com o<br />

contrapartida a todo esse investimento, a cobrança <strong>de</strong> que o adolescente çseja', <strong>de</strong> que

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