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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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226<br />

Sabemos qui Rorschach sö fala em percepçïo e nTo se iefere ao mecanismo<br />

projetivo ao apresentar o seu x. expenmento . y . Isto me oferece 1xm apoio para j evan tar<br />

lmn questro, questâb que nâb é nova, porque muitos j; o flzeram antes <strong>de</strong> mim; e se<br />

nela insisto, é porquç ainda hoje se fala nas tëcnicas projetivas como se o mecanismo<br />

bisico fosse o da projelo.<br />

Ao tentar respon<strong>de</strong>r a estes questionamentos, nâb irei me aproflmdar no<br />

conceito <strong>de</strong> projeçfo no sentido psicanalftico, que admitirei suficientemente conhecido.<br />

No entanto, sublinho que se trata <strong>de</strong> lxma aç:o <strong>de</strong>fensiva contra algo ameaçador.<br />

Ocoreré isto sempre nas ' respostu aos estfmulos dos testes psicolö#cos? Ou seré a<br />

resposta ao estfmulo do teste lzma atribùiçâo consciente <strong>de</strong> 1xm sentido, nâb possuindo<br />

este estfmulo, para o sujeito, 1m sentido fmico e preciso que posa representar uma<br />

smeaça m la emergdnda <strong>de</strong> conteûdos inconscientes a e1e assodados? Como ftmdamentar<br />

a idëia <strong>de</strong> que no material do teste hé 1xm sentido especial, gerador <strong>de</strong> tens:o, nele<br />

preexistçnte? Em palavras mais simples, porque se <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aria o mçcanismo' projetivo?<br />

'<br />

Julgo que esta m rspectiva se fundamenta na visâb do material como portador<br />

<strong>de</strong> categorias Gtmiversalmente' percebid% como ameap doras : o material d ambiguo,<br />

iepresentâvel <strong>de</strong> muitas maneiras, a ausdncia <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m é ameaçadora para todos, as<br />

instruçses do teste sïo geradoras <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>, porque se o exsminando 4 livre para<br />

faar o' que quiser, ao mesmo tempo se sente julgado, o material a ser trabalhado, apesaz<br />

<strong>de</strong> ambfguo, implica um signicado oculto supostamente sintonizdvel por todos e<br />

nmeapdor para todos (mïe, autorida<strong>de</strong>, afeto, relalo sexual, reladonamento com o<br />

.<br />

.<br />

Mesmo aceitando esta perspectiva, ou seja, a que encara o materia o<br />

j tj s s<br />

como nnqiogdnico, é posfvel questionar se a realo do sujeito necessarimnente <strong>de</strong>ve se<br />

centralizar, com exclusivida<strong>de</strong>, na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>fensiva da projeçïo. Nâo po<strong>de</strong>r; ele,<br />

por exemplo, rea#r por um processo <strong>de</strong> separaçâo da idëia e do afeto, por 1m proceso<br />

<strong>de</strong> intelectunlizaçâo? Sabemos que, em psicano se, a projeWo é um mecanismo<br />

que qaiacteriza o paranöi<strong>de</strong>. Sereinos todos paranöi<strong>de</strong>s? Am nis paranöi<strong>de</strong>s? Paranöi-<br />

<strong>de</strong>s o tem po todo? '<br />

'<br />

Outra objelo que po<strong>de</strong>remos levantar contra a interpretaWo psicanalftica<br />

dos testes proletivos ê a <strong>de</strong> que e1a se fund'amenta, muitas vezzs, em 1lm p' rocesso que<br />

nos faz esquecer a singularida<strong>de</strong> do sujeito. Em outras' palavras, estamos nos utilizando<br />

<strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> interpretalo que empregamos rigidamente, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado muito<br />

da especificida<strong>de</strong> da resposta. Para esclarecer a minha dtivida, recorrerei a Portuondo<br />

e Friud. Poituondo,' em sua obra

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