19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

364<br />

da Izi, no Pflblico ou no privado, d sempre <strong>de</strong>monfaca, assustadora, perigosa, contaminadora,<br />

sombria. E assim , todos esses padrses arquetfpicos que po<strong>de</strong>mos enxergar reprimidos<br />

e exclufdos junto com a LILITH, a primeiza e igual m lher <strong>de</strong> Adfo, feita do<br />

mesmo baro, mas rebel<strong>de</strong> à lzi do Pai, quando percebidos como realida<strong>de</strong> subjetiva<br />

potencial sâb assustadores, sentidos como perigosos atd para as mlxlheres que racionalmente<br />

se çliberaram ' da Izi. Como a tilith, embora conscientes, se jognm muitas<br />

vezes para a prisâb do inferno, sem chance <strong>de</strong> se permitirem a vivência <strong>de</strong> outros padröes<br />

arquetfpicos sö permitidos ls Evas, como ter fllhos, por exemplo.<br />

Em nossa tpoca, os padröes representados pela LILITH po<strong>de</strong>m reaparecer<br />

<strong>de</strong>semm nhnndo lxm hnportante papel na transformalo da cultura: d a entida<strong>de</strong> que<br />

presi<strong>de</strong> o direito <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> corpo e alma entre o Homem e a M llher, o respeito<br />

ao prazer, o prazer do encontro, inclusive como atdbuto natural do corpo feminino<br />

e do masculino. Presi<strong>de</strong> o protesto diante da imposiçâo <strong>de</strong> Deus sobre a inferiorida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sses padröes. Presi<strong>de</strong> a revolta <strong>de</strong> ter que exm n'mentâ-la, a tilith, em promiscuida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>m 'onfaca . Presi<strong>de</strong> o tesâb estéril, o puro prazer sensual, inclusive o homossexual.<br />

Presi<strong>de</strong> a separaçâo entre a concepWo e o prazer, a massificaç:o dos anticoncepcionais.<br />

Presi<strong>de</strong> a resistência contra o monotefsmo que prescin<strong>de</strong> do OUTRO DIFERENTE,<br />

com o bem expressou M arion Bradley através <strong>de</strong> Morgana das Fadas:<br />

T9 mente dos e raeaa endureqera-se, pcrcrldo a crer que erl: &Xf<br />

Deus, &M m undo, I.A modo <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a rellfA le, que todas as trfm: que se fafrometessem<br />

??/ reino <strong>de</strong>ssa gme e unida<strong>de</strong> lfa/l?rl <strong>de</strong> ser 11 e domonocas, e que o som<br />

<strong>de</strong> :elu sinos e a sombra <strong>de</strong> Jelu lugares santos e alerfl?a o - 1 afastado '. Bradley,<br />

1985).<br />

E esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ltma fmica verda<strong>de</strong> nâb serve atd para as m ltlheres que assim<br />

o <strong>de</strong>sejariam. A partir da batalha das heröicas feministas, mas tambëm do oportunismo<br />

<strong>de</strong> 1Im sistema social que encontrou na esterilizaç:o feminina ou no trabalho feminino<br />

fonte para economizar custos, e que, entre outras coisa , reduzindo os salo os do homem<br />

pren<strong>de</strong> a mulher ao trabalho, fica muito diffcil hoje em dia se adaptar a esa cultura<br />

nmbfgua com aquele fmico mo<strong>de</strong>lo original. Em sua busca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, com a<br />

atual falta <strong>de</strong> legtimida<strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los tradicionais <strong>de</strong> adaptaçâb ao gdnero, em alplm<br />

momento a mltlher abalada em seu senso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sexual se coloca a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> individuar, achar a SUA resposta. '<br />

Em outras palavras, a noçâo <strong>de</strong> que a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sexllnl se confirm a e se af'trma<br />

em interaçâo com a clzltura na adolescência, segundo as concepçöes tradicionais na<br />

<strong>Psicologia</strong>, nâb é suficiente. As produçöes Junguianas m ais recentes chamnm esse nfvel<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> conquistado na adolesc:ncia <strong>de</strong> ti<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> convencional'' ou Gçdo ego''.<br />

Mas reconhecem que existe 1Im outro nfvel <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> ma1 proftmda, que chnmam<br />

<strong>de</strong> existencial ou do 'tself', que representa uma permanente busca <strong>de</strong> ajtlste a si-mesmo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!