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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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seus seios (4çera normal' t4era como <strong>de</strong>via ser'). Uma <strong>de</strong>stas pacientes disse que antes<br />

da entrevista nunca tinha m nsado a respeito do seu corpo nem ao fato <strong>de</strong> ter seios.<br />

Para elas, este assunto era tabu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infM cia. Foi mais diffdl completar os dados<br />

com as pacientes mais idosu. Acho que nâb ë tanto a ida<strong>de</strong> que afetou à memöria da<br />

puberda<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> algo que em parte representa ltm sinal extem o da<br />

sexualida<strong>de</strong> feminina, nâb <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> marcar a moça; mas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma atmosfera <strong>de</strong><br />

proibiçöes e tabus ess% vivdncias <strong>de</strong>vem ter sido recalcadas.<br />

Entrevistando a respeito do aparecimento dos seios, a maioda das pacientes<br />

relatou espontanepmente seus sentimentos com relaçâo a primeira menstrualo. O<br />

crescimento dos seios prece<strong>de</strong> geralmente a menarque mas d pouco lembrado. Em<br />

comparaçâo ao aparecimento dos pdlos pûbicos e ao crescimento dos seios que sâb<br />

progressivos, a primeira menstruaçfo representa um evento marcante mais fâcil a ser<br />

lembrado.<br />

Para a gran<strong>de</strong> maioria das mulheres (19) a menarque foi um acontedmento<br />

b%tante dramitico: sem informaçöes apropriadas, o campo estâ aberto para as fantasiu,<br />

expressâb dos medos profundos.<br />

No que diz respeito a sensibilida<strong>de</strong> erötica dos seios, sö tma minoria (3) os<br />

sentinm eröticnmente sensfveis. Nenhuma <strong>de</strong>las foi criada nas condiçöes ötimms acima<br />

<strong>de</strong>scritas (atitu<strong>de</strong>s positivas em relaçâo ao <strong>de</strong>senvolvimento dos seios, boa comunicaçâb<br />

mTe-filha, contgtos fsicos afetuosos mas castos e esclarecimentos sobre a sexualida<strong>de</strong>).<br />

Mas os lares <strong>de</strong>. origem nâb foram excessivamente repressivos e como adultas estas<br />

mllheres conseguiram estabelecer relacionamentos sexuais relativamente duradouros<br />

e seguros. Entretanto, a maioria das mllheres foi criada em ambientes marcados por<br />

interdiçöes e <strong>de</strong>saprovaç:o consciente ou inconsciente da mïe (ou substituto materno)<br />

com relaçâo ao <strong>de</strong>senvolvimento biolögco e psicosexual durante a puberda<strong>de</strong>. A<br />

maioria <strong>de</strong>stas mllheres nunca sentiu prazer nos seus seios nem parece ter tido experidncias<br />

sexuais agradâveis.<br />

Com relaçâb a amamentaçâb; oito mulheres (1lm nlimero bem maior do que as<br />

trés m l lh eres que di seram ter sentido prazer com carfcias nos seios) relataram ter<br />

gosta d o ' am amen tar seus fllhos . A am amentaçâo constitui certnmente lxma situaçâb<br />

menos tabu, bem m ais aceita, falada e incentivada. O que lma m llher sente quando<br />

am amentan d o, <strong>de</strong> pen<strong>de</strong><br />

da estrutura do seu pröprio relacionamento com a pröpria<br />

mâe quando criança; na arrmmentaç:o, .a mulher se i<strong>de</strong>ntifica'. com a pröpria mâe<br />

e i<strong>de</strong>ntifica o filho com e1a mesma quando era bebd.<br />

E interesante notar que as m lheres que reagirnm <strong>de</strong> maneira positiva ao aparecimento<br />

dos seus seios <strong>de</strong>moraram ménos jara consultar, apös a <strong>de</strong>scoberta do caroço<br />

do que as outras. Estas outras nâb tinham <strong>de</strong> modo geral muita familiarida<strong>de</strong> com<br />

seus corpos; raramente acharam' agradâvel ser acariciadas. Consequentèmente, elas tinhnm<br />

dificulda<strong>de</strong>s em interpretar corretnmente e compreen<strong>de</strong>r as m udanças morfolögicas<br />

na mam a, o que certamente contribui para maior <strong>de</strong>mora antes <strong>de</strong> consultar. O

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