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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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mernmente burocrâtica. Com relaçâo às clfnicas, por sua vez, nâb estavam clarificados<br />

os limites entre as funçöes <strong>de</strong> atendimento à populaçro e a formaçâo <strong>de</strong> profissionais,<br />

uma vez que os atendimentos eram suspensos dlzrante os perfodos dbs férias.<br />

Outro problema importante dizia respeito à relaWo supervisor x n 0 . <strong>de</strong> alunos,<br />

chegando em algumas escolas à proporçâo <strong>de</strong> 1:20. Nessas condiçöes o que ocorria'<br />

era que tr:s ou quatro altmos atendinm enquanto que os <strong>de</strong>mais obsefvavam as<br />

sessöes ou sö participavam da discussâb nas supervisöes.<br />

Todos os supervisores entrevistados queixaram-se da falta <strong>de</strong> preparo dos alunos<br />

que chegpm ao 5 0 . ano, nïo sö teörico m as tambëm relacionada à falta <strong>de</strong> postura<br />

profissional.<br />

Dados os problemas apresentados pelos currfculos, po<strong>de</strong>-se supor que dificilmente<br />

1Im profissional sai da graduaçâb em condiçöes <strong>de</strong> se inserir eficientemente no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho. Neste sentido, po<strong>de</strong>-se colocar a seguinte questâb: como e on<strong>de</strong><br />

os psic6logos t:m complementado (ou garantido) a sua formaçâo?<br />

' Os dados da pesquisa sobre o Perfil do Psicölogo no Estado <strong>de</strong> Sâb Paulo<br />

(1984) po<strong>de</strong>m nos ajudar a enten<strong>de</strong>r um pouco esse quadro, na medida em que i<strong>de</strong>ntificou<br />

os vérios nfveis <strong>de</strong> formaçâo apös a graduaçâb, a saber:<br />

a) Pös-graduaçâo: em 1984, 1 1,8% dos psicölogos havia feito mestrado, dos<br />

quais 2,6% em Clïnica, 1 ,4% em Humanas e 2,5% em Educaçlb. Cerca <strong>de</strong> 1,7% havia<br />

feito doutoramento. Certamente esses dados hoje sâo bem menores, dado que a absorçâb<br />

da pös-graduaçâo nâb foi proporcional à inserçâb dos novos profissionais no mercado;<br />

b) Cursos <strong>de</strong> especializaçâo: 42,4% havia realizado tais cursos, sendo que a<br />

gran<strong>de</strong> m aioria apös a graduaçâo. A distribuiçâb por ârea revelou: 68,6% em Clfnica,<br />

147% em Organizaçâo, 9J% em Educaçâo e 5,8% em H lmanas;<br />

c) Ctzrsos <strong>de</strong> complementaçâo: 45,9% havia realizado tais cursos, sendo que<br />

mais da meta<strong>de</strong> fizeram mais <strong>de</strong> um curso. Cerca <strong>de</strong> 63% ctlrsaram apös a graduaçâb.<br />

Com relaçâo âs âreas temos: 62,4% em Clfnica, 19,5% em Organizaçâb e 9,0% em<br />

Educaçâo;<br />

d) Grupos <strong>de</strong> estudos informais: 33,3% da categoria participou <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong>sse<br />

tipo, dos quais 57% <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> form ados. Na distribuiçâb por Jreas temos: 83% em<br />

Clfnica, 6,5% em Orgnnizaçâb e 5,9% em Educaçâo. '<br />

A pesquisa nâb incluiu os casos <strong>de</strong> supervisâb com profissionais apös a graduaWo.<br />

Sabe-se entretanto que ta1 prética é m uito comum em relaçâb aos novos<br />

proûssionais, principalmente na irea <strong>de</strong> Clfnica.<br />

Voltando ao nosso tema central, os dados acima apresentados permitem algum<br />

as conclusöes gerais para infcio do <strong>de</strong>bate:<br />

a) A graduaçâb em <strong>Psicologia</strong> certamente nâb garante formaçâo mfnima para<br />

o psicölogo iniciar suas ativida<strong>de</strong>s profissionais pas diversas Jreas, inclusive a clfnica; ë<br />

possfvel atë que a graduaçâb tenha um papel muito menos relevante do que se imagina,

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