19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

634<br />

ao enfatizar a semelhança entre os membroà <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado p'upo social, reduz a<br />

necéssida<strong>de</strong> do sujeito <strong>de</strong> elaborar verbnlmente (e explidtar) sua exmridncia, intenWo<br />

ou motivaWo individlul (isto é, reduz a necesida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explicitar a diferença e a separaWo).<br />

A sim sendo, existem âeas do .îecque terlo pouca possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferenciarse<br />

atravës da fala e <strong>de</strong> se tornar objeto <strong>de</strong> atenWo para o pröprio sujeito. A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

social promovida m lo llso <strong>de</strong> um ucödigo restrito'' ë fortalecida por 1xm tipo <strong>de</strong> controle<br />

fnmiliar on<strong>de</strong> o que conta 4 a posiçfo socinlmente <strong>de</strong>fmida ocupada por um ou outro<br />

membro da famla. A esta posilo social, ou status fimiliar, correspon<strong>de</strong> 1lm certo<br />

conjunto <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong>veres nftidos e inconfundfveis (que nada ou pouco t:m a ver<br />

com as caracterfsticas m soais <strong>de</strong> quem a ocupa). Para a manutenWo <strong>de</strong>ste estado <strong>de</strong><br />

coisa é facultado o uso <strong>de</strong> diversos tipos <strong>de</strong> pllniçfo, inclusive o recurso à força bnzta .<br />

A puniçfo d aplicada quando o sujeito infringe alguma regra, ou seja, quando/lz algo<br />

errado.<br />

J; o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> socializaWo que chsmei <strong>de</strong> 'ï<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> diferenciada', mais<br />

com lm nas cnmadas mëdias, caracteriza-se pelo uso <strong>de</strong> Itma variante linl istica que<br />

promove a atençïo a proctssos intmos, a diferenças pesoais e enfatiza o planejamento.<br />

Ao uso <strong>de</strong>sta .variante linlistica (que recqbeu o também controvertido nome <strong>de</strong><br />

tçcôdigo elaborado'), associa-se 1tm tipo <strong>de</strong> controle fnmiliar orientado para a pessoa<br />

(ou seja, para as caracterfsticas individlnis dos diversos membros do grupo fnmiliar).<br />

E um mo<strong>de</strong>lo que, ao 'contrlio do primeiro , enfatiza a diferença entre os membros <strong>de</strong><br />

um <strong>de</strong>termlnado grupo social. Neste mo<strong>de</strong>lo, a linguagem se torna fundnmental pap a .<br />

comunicaçro e explicitaWo <strong>de</strong> exmridncias, intença s e motivaçôes individlnis e fml'cas.<br />

Conseqûentemente, ireas inteiras do &eypo<strong>de</strong>m diferenciar-se da fala e ganhar visibilida<strong>de</strong><br />

para o pröprio sujeito e para os outros. A emergdncia da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> m soal,<br />

promovida pelo uso <strong>de</strong> um ttödigo elaborado'', ë corroborada por 1zm tipo <strong>de</strong> controle<br />

fnmiliar on<strong>de</strong> as caracterfsticas individuais dos diversos membros da fam flia e principalmente<br />

das crianças (seus sentimentos, exm ridncias. intençöes e motivaça s) s:o levadr<br />

em consi<strong>de</strong>ralo. 11-1 maior flexibilida<strong>de</strong> na aplicalo das regras e maior ambip ida<strong>de</strong><br />

na <strong>de</strong>firliçâo <strong>de</strong> pa# is. A autorida<strong>de</strong> é exercida <strong>de</strong> forma ambfgua atravds da mnnipulaçfo<br />

verbal dos sentimentose da responsabilizaçâb explfcita da criança : pelos efeitos <strong>de</strong><br />

seus atos (mesmo aqueles que nâb chegaram a ser concretizados). Neste mo<strong>de</strong>lo, o controle<br />

inci<strong>de</strong> nTo somente sobre o que a criança/cz mas tambëm sobre o que e1a tem fa-<br />

lerlrzb i e fazer e so b re<br />

o que e1a é.<br />

Finalmente, gostaria <strong>de</strong> arN mentar que o Rm o<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> diferenciada''<br />

por exem plo. nâb d o linico a ser implementado nas nossas cnmadas mddias . Nestas,<br />

po<strong>de</strong> ser facilmente encontrada pelo menos uma variaWo do çtmo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

compartilhada' <strong>de</strong>scrito acima (e normalmente visto 'como sendo mais freqûente<br />

nas cnmadas populares). Isto ë, em nosu cnmadms mëdias po<strong>de</strong> ser encontrado 1m<br />

mo<strong>de</strong>lo que, se faz uso <strong>de</strong> 1lm u cödigo elaborado'' para a explicitalo verbal <strong>de</strong> certas<br />

éreas <strong>de</strong> exped:ncia cotidiana (como, por exemplo, aqutlas vistas como do domfnio

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!