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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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para trabalhar em equim s interdisciplinares, .tanto nessa clfnica como em outras que<br />

surgem no hospital. Para se ter lma iddia, j; pasarnm, <strong>de</strong> formn ripida pela clfnica,<br />

dois neurocirursöes, dois ortopedistas, dois fisiatras, uma terapeuta ocupacional, um<br />

reumatolo#sta, um oncologista, Ilm anestesista, Ilm psiquiatra, uma nutridonista - nenhum<br />

ficou. Isto coloca um problema diffcil para o neurologista da equipe : ou e1e<br />

aslme, o que nâb acontece, Ilma posilo <strong>de</strong> sabe-tudo e faz-tudo, ou encaminha os<br />

pacientes para outras clfnicas e corre o risco <strong>de</strong> m rdd-los; sem falar na perda <strong>de</strong> tempo<br />

que<br />

é para o pa<strong>de</strong>nte' ficar indo e vifîdo <strong>de</strong> uma clfnica paza outra . A fisioterapia ë um<br />

problem a à parte : at: ao final do ano passado e1a praticamente inexistia no ambulatörio;<br />

no infcio <strong>de</strong>ste ano foi inaugurado lIm Centro <strong>de</strong> Reabilitaçâb, que funciona em<br />

local separado do resto do ambulatörio. Isto cria problemas <strong>de</strong> com lnicaçâb, alëm <strong>de</strong><br />

que e1e est; sobrecarregado <strong>de</strong> serviço; estamos tentando trazer tlm elemento <strong>de</strong> 1:<br />

para a equipe para facilitar a ligaçâo com ele, dada a importância <strong>de</strong> contarmos com<br />

esse tipo <strong>de</strong> serviço. '<br />

Esta dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimento também ocorre com relaçâb aos pacientes:<br />

o paciente crônico normalmente vê seu problem a como agudo, colocando nas mâbs do<br />

mddico a tarefa <strong>de</strong> cùrf-lo, assumindo a posiçâb real <strong>de</strong> ttpaciente''. lmaginamos a princfpio<br />

que o tipo <strong>de</strong> atendimento a ser oferecido. com o paciente vendo virios profissionais<br />

se interessando por ele e procurando atend:-lo sem pressa, sem filas <strong>de</strong> espera,<br />

fosse funcionar em um sentido positivo no tratamento. Para alguns realmente funciona,<br />

mas outros consi<strong>de</strong>ram isto uma complicaçâb <strong>de</strong>snecessfria, reclamam que as consultas<br />

<strong>de</strong>moram mtlito e que nTo po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r tempo; em resumo, querem um remddio<br />

e ponto final.<br />

Finalm ente, gostaria <strong>de</strong> participar a voces uma outra tentativa feita por nös<br />

para tentar achar caminhos para a soluçâo dos problem as da clfnica. Com o coloquei<br />

anteriorm ente, tun dos esforços feitos por nös ë no sentido <strong>de</strong> quebrar o isolamento<br />

em que o paciente normalmente se encontra e levi-lo a se envolver em alguma ativida<strong>de</strong>.<br />

IIâ dificulda<strong>de</strong>s nesse processo. Por 1zm lado, boa parte <strong>de</strong> nossos pacientes pertencem<br />

a llm a camada marginalizada da socieda<strong>de</strong>, com poucos rectlrsos pröprios para<br />

se envolver em alplma coisa diferente; alguns sofrem ainda um agravamento <strong>de</strong>ssa margnalizaçâo,<br />

por serem <strong>de</strong>ficientes ffsicos: é o caso dos amputados ou dos que tem<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoçâo. E isto tudo ainda t complicado pelos problemas financeiros:<br />

muitos se encontrnm aposentados, ganhando ks vezes menos <strong>de</strong> Ixm salârio para sustentar<br />

a fam lia e comprar remtdio, e sem qualquer habilitaçâo profissional para tentar<br />

. mudar as coisas. Por outro lado, contnmos com poucos recursos na socieda<strong>de</strong> para<br />

tentar resolver esta situaçâo: h; dificulda<strong>de</strong> quanto a escolas <strong>de</strong> habilitaçâo ou reabilitaçâo<br />

profissionais, h; cardncias na érea assistencial, conseguir remédios da CEME é<br />

lm fato meio lotdrico, e assim por diante . Em um dado momento, além disso tudo,<br />

começamos a nos preocupar tnmbdm com pacientes tenninais; o fato <strong>de</strong> receberm os<br />

alguns com câncer na clfnica, alertou-nos para os <strong>de</strong>mais . Notm al . mente eles ficam .

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