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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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407<br />

a subjetivida<strong>de</strong>, nessa segunda acepWo. Os velhos estados <strong>de</strong> consddnciaybel como a<br />

motivaWo inO nsciente ou a teoria das nemoses t:m em com lm o sujeito, transfor-<br />

' .<br />

mado em obleto <strong>de</strong> conhe mmento ' <strong>de</strong> outzo, abarando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o apetite, o amor, a<br />

vaida<strong>de</strong> atë as aspiraçöes reli#osas ou o sentimento <strong>de</strong> culpa, ou seja, toda a çfvida<br />

empfrica do selp', como dise W. Ja es (1890). .<br />

Da primeira conceituaWo <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong> à segunda o pau <strong>de</strong> objetivalo do<br />

sujeito aumenta: <strong>de</strong> uma subjetivida<strong>de</strong> absoluta parcinlmente incognoscfvel por outrem<br />

m sa*e a estados ou funmes <strong>de</strong>ssa subjetivida<strong>de</strong> que, embora inobservadas, po<strong>de</strong>m ser<br />

inferidas. A propessiva transfornuWo do sujeito em objeto revelaie 1a1s nftida mlml<br />

terceira conotalo. .<br />

Nesta, a subjetivida<strong>de</strong> é o vfdo que coromm e compromete o coo ecimento.<br />

. Nïo se trata mnl'm <strong>de</strong> transcenddncia do eu-puro nem <strong>de</strong> estados subjetivos emocionais<br />

ou co> tivos, admitidos per se com legftimo status ontolögico. A subjetivida<strong>de</strong> agora<br />

d ilegftimn: <strong>de</strong>ve ser banida, com o inimiga <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> e do correto relacionamento com<br />

o mm do e as pesou: d predso ser objetivo.<br />

Toda a metodolo#a <strong>de</strong>ntl'fica cabe aqui. M repas do mëtodo sâo, em p'an<strong>de</strong><br />

parte um exorclmo do erro, t:m Ixma öbvia ftml o cat- ica. O conhecimento, para<br />

ser verda<strong>de</strong>iro e portanto itil <strong>de</strong>ve ser alheio ao sujeito cognosœnte, o que sö é posjfvel<br />

atraes <strong>de</strong> sua traduWo precisa sem sfmbolos unfvocos para toda lmn categoria<br />

<strong>de</strong> m squisadores. Mas nessa tradulo em dlcurso a subjetivida<strong>de</strong> nâo se cancela: e1a<br />

sobrevive enqm nto a<strong>de</strong>sâb volundria âs repas do mëtodo ou aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> interpretaWo<br />

do obsermdo. E tanto sobrevive que o risco da heresia e da disiddncia, Almn<br />

expresâo remota <strong>de</strong> alguma autonomin do sujeito cognoscente ante a norma da metodolo#a,<br />

ë freqûente na histöria da fës œ mo na da moral e na da ddncia. A subjetivida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve ser banida em fltimn ano se, em favor da efid da, do progresso da ddnda.<br />

E o f'lm do homem sujeito, agente , autor? Talvez nâo. Todo exorcismo implica a<br />

admissâo <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>mônio existe. E se esse <strong>de</strong>mônio, cartesiano ou nâo, eventualmente<br />

enganador, é combatido, o combate po<strong>de</strong>ria impli- a admiquo <strong>de</strong> llmn insistente<br />

e <strong>de</strong>sprezfvel subjetivida<strong>de</strong> autônoma, a comprometer e subverter a racionalida<strong>de</strong>.<br />

O risco da irracionalida<strong>de</strong>, da inobjetivida<strong>de</strong> esm luria a irecusïel existdncia<br />

. do afeto, do <strong>de</strong>sejo e, pois, <strong>de</strong> 'lmn subjetivida<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>nte ao eu empfrico e mesrào<br />

ao ego racional e radocinante <strong>de</strong> Freud. A dificulda<strong>de</strong> da ddqcia para expli- o<br />

<strong>de</strong>lfrio, a aberralo lö#ca ou, o sonlo, alëm <strong>de</strong> avalizar a hipötese <strong>de</strong> lmn ineradid-<br />

=1 subjetivida<strong>de</strong> do saber, do conheœr e, öbvio, do <strong>de</strong>sejar, apontaria para a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma metodolosa em que a existcnda da distorWo subjetiva (afetiu) fosse<br />

objetivamente reconhecida e tratada, ao invës <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nadi, exordzada e execrada.<br />

. (Seria uma estëtica da cilncia, a sumrar lmn ëtica do mëtodo?). Ta1 execraWo encontra<br />

sua forma majesto ca na postma neo-comportamentalista, que nos oferece, a propösito,<br />

lmn quarta conotalo da subjetivida<strong>de</strong> nas palavras cristnl'nas <strong>de</strong> Skinner<br />

(1953). GEnqxunto as variwis externas continmm <strong>de</strong>spercebidas ou sâo e oradas a

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