19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

661<br />

objeto <strong>de</strong>ve ser reduzido aö fenômeno, ou ao sentido que ' ele tem para o sujeito, na<br />

imediatez <strong>de</strong> sua vivdncia. '<br />

E necessïrio retornar ao fenômeno, ou à vivdncia imediata, a partir da qual o<br />

conhecimento d elaborado e Gem relaçâb à qual toda a <strong>de</strong>terminaçâo <strong>de</strong>ntffica ë abstrata,<br />

representativa e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, como a geopafia em relaçâo à paisajem, on<strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>mos primeiramente o que é lma floresta, 1&m campo, um rio' (Merleauzonty,<br />

1971, p. 7). ' . '<br />

- O Método Fenomenolégico na N cologia<br />

.Nos ûltimos <strong>de</strong>z anos têm surgido virias pesquisu fenomenolôscas realizadu<br />

no emmpo da Psicolosa, publicadas em diversos periôdicos e em alguns livros. Para nâo<br />

me alongar nos periödicos quero qpenas me reportar aos livros editados por Ashworth<br />

(1986), Gior: (1985, 1983) e Vale e King (1978), os quais, aldm da bibliografia j;<br />

referida anteriormente, tdm me fornecido subsfdios para o planejamento <strong>de</strong> procedimentos<br />

das pesquis% que tenho realizado (Form eri, 1988, 1987, 1985, 1984). As<br />

consi<strong>de</strong>raça s qut apresento a seguir sfo fnzto dos estudos e da prética acima referidos.<br />

O fenômeno ao qual Husserl se refere como o objeto <strong>de</strong> estudo do mdtodo<br />

fenomenolösco, é consi<strong>de</strong>rado na hwestigaçâb fenomenolögica em <strong>Psicologia</strong> como a<br />

mrcepWo que a pessoa tem <strong>de</strong> sua Wvdncia, ou em outras palavrai, o significado que<br />

essa vivdncia tem para e1a prôpria.<br />

Etapas do Procedimento:<br />

1) O pesquisador <strong>de</strong>ve iniciar a pesquisa com a redulo fenomenolö/ca, que<br />

aqui consiste numa profunda reqexâb a resm ito do fenômeno que preten<strong>de</strong> estudar,<br />

procurando reconhecer seu posicionamento pessoal e cientffico diante do mesmo, os<br />

seus conceitos e preconceitos. f necesârio que e1e transforme os condicionamentos sofridos,<br />

em condicionamentos conscientes, sem negar a sua exhtdncia. E1e predsa ususmn<strong>de</strong>r'<br />

o conjunto <strong>de</strong> pensamentos e atitu<strong>de</strong>s que estâo inseridos na sua vida como<br />

m ssoa e como cientista. t'Suspen<strong>de</strong>r'' nâb quer dizer negâ-los, mas reconhecê-los propositadamente,<br />

para que nâb interfirnm, sem que e1e perceba, na sua atuaWo como<br />

pesquisador. Mas como a redulo fenomenolögica nunca chega a ser completa<br />

l erleau-ponty, 1973), e1e <strong>de</strong>ve explicitar tais pensamentos e atitu<strong>de</strong>s, paza <strong>de</strong>limitax o<br />

contexto <strong>de</strong>ntro do qual os resultados <strong>de</strong> sua investigaçâo po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados pela<br />

comunida<strong>de</strong> cientffica. .<br />

2) Obtençâo do material <strong>de</strong> estudo, que consiste num relato sincero e pormenorizado<br />

do sujeito sobre sua vivdnda do fenômeno a ser investigado. Paza obtd-lo o<br />

pesquisador dtve, preliminxrmente, estabelecer nm diMogo com o sujeito on<strong>de</strong> sIo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!