19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

498<br />

<strong>de</strong> condiçöes sociais e teödcas. Em especial, e1a t gerada pelo gran<strong>de</strong> avanço na construçâo<br />

<strong>de</strong> conhecimentos que proporcionou. Novo paradigma vai sendo entâo constnzfdo.<br />

O tempo e o espaço absoluto propostos por Newton <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> existir. Segundo<br />

Einstein e Heisinbery, sinda nâb conhecemos o real senâo a nosa intervenWo nele.<br />

Daf que: 10 .) sö po<strong>de</strong>mos aspirar a resultados aproximados, prôbabilfsticos; 20.) a.totalida<strong>de</strong><br />

do real nro se reduz â. soma das partes observadas e medidas; 3 O.) hé um continulzm<br />

entre sujeito e objeto (Santos 1988, p. 54).<br />

Os conceitos <strong>de</strong> 1ei e <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> a e1a associados sâb questionados e per<strong>de</strong>m<br />

sua hegem onia. A causalida<strong>de</strong> é entendida como uma das formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminismo,<br />

tendo por isto um lugar limitado, embora insubstitufvel, no conhecimento cientffico.<br />

Sucessivamente, a noçâb <strong>de</strong> 1ei passa a ser substitufda pelas noçöes <strong>de</strong> sistema , <strong>de</strong><br />

estrutura, <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo, <strong>de</strong> proceso tsantos, p. 57).<br />

A noç:o <strong>de</strong> rigor cientf/co foi igualmente questionada porque, ao ser fundado<br />

no rigor matemâtico, ele <strong>de</strong>squalifica, objetualiza, <strong>de</strong>grada e <strong>de</strong>scaracteriza os fenô-<br />

'<br />

menos ao quantificé-los. Defen<strong>de</strong>-se entâb que os limites do conhecimento cientffico<br />

sâo qualitativos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a pröpria precisâb quantitativa do conhecimento d estruturalmente<br />

limitada e a experiéncia rigorosa ê irrealizfvel. (Santos, 1988, p. 58).<br />

No paradigma emergente <strong>de</strong> cidncia, os objetos t:m fronteiras cada vez menos<br />

<strong>de</strong>finidas, im portando m ais as relaçöes entre eles. Cada vez mais as teorias introduzem<br />

na matëria os conceitos <strong>de</strong> lzistoridda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> processo, <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>terminaçâb<br />

e atd <strong>de</strong> consciéncia. A medida que as cidncias naturais se aproximam das ciéncias<br />

sociais, estas aproximpm-se das ùumanida<strong>de</strong>s,<br />

colocando a pesoa enquanto autor e<br />

sujeito do mundo. Com iso, nos diz Santos (1988, p. 63), nâb virâ longe o dia em que<br />

a fsica das partfculas nos fale dojogo entre partfculas, ou a biologia nos fale do teatro<br />

molecular ou ainda a qufmica, da biografta das reaçöes qufmicas.<br />

Estes pontos nos remetem â pensar na historicida<strong>de</strong>, da pröpria psicologia ,<br />

co hstruïda no bojo do <strong>de</strong>senvolvimento das socieda<strong>de</strong>s oci<strong>de</strong>ntais, traduzindo visöes<br />

<strong>de</strong> m undo dominantes e énfases em <strong>de</strong>terminadas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimento tecnolö#co,<br />

ov seja, expresando opçöes polfticas. '<br />

Discutindo a Psidologa a partir do novo paradim a apontadoy temos observad<br />

o crescente preocupaçâb com o exame ' <strong>de</strong> processos '<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento , ao invds <strong>de</strong><br />

estudar apenas o produto do mesmo. f nesta ötica que a oposiçâb qualida<strong>de</strong> x quanti-<br />

'<br />

da<strong>de</strong> po'<strong>de</strong> ser investigada .<br />

Ségtmdo Valsiner e Benigni (1986), a Psicoloba da criança foi, em gran<strong>de</strong><br />

part, ionstrufda com base nas aserçöes que insuenciaram as c'ulturas oci<strong>de</strong>niais no<br />

fltimo sëculo. ' Com isto, a Psicolo#a pa<strong>de</strong>ce <strong>de</strong> umà miopia cultural, capaz <strong>de</strong> melhor<br />

. . ' .<br />

captir os aspectos estâticos do mundo. Falta-lhe a compreensâo <strong>de</strong> que o fehômeno<br />

PSicolt#co<br />

resulta da' nàture'za <strong>de</strong> sistema abbrto dos organismos, que sâo inter<strong>de</strong>pend#ntes<br />

<strong>de</strong> Rus nmbientesyo que tom a impredizfvel o curso futuro. Daf que o fmico modo<br />

teoricamente concebfvel jara ixplicar os procesos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento d estudar os

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!