19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1. Por on<strong>de</strong> anda o <strong>de</strong>bate<br />

O QUA LITATIVO E O QUA NT ITATIVO :<br />

OPOSICAO OU CONVERGENCIA?<br />

l<br />

MARLI E.A. ANDM<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sâb Paulo<br />

Em primeiro lugar eu vou tentlr situar como eu vejo hoje o <strong>de</strong>bate quantitativo-qualitativ'o<br />

, levando em conta, evi<strong>de</strong>ntemente, a minha condiçâo <strong>de</strong> pesquisadora<br />

na Jrea <strong>de</strong> educaçâb. Uma afirmaçâo bastante genérica que se po<strong>de</strong> fazer d que existe<br />

uma tepd i ncia para a d e fesa da çepesquisa qualitativa' , ao mesmo tempo em que hâ<br />

uma rejeiçâb da 'pesquisa quantitativa'. Mas o que d chamado <strong>de</strong> msquisa çqualitativa'<br />

é Ixma postura altem ativa <strong>de</strong> pesquisa quç aparece em oposiçâo à pesquisa quantitativa<br />

- a uma certa pesquisa qlmntitativa - a lzma certa pesquisa quantitativa -<br />

que se i<strong>de</strong>ntific! çom xma concepWo positivista <strong>de</strong> conhecimento.<br />

N lm priineiro momento, pois' , <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o enfoque qualitativo implicou em<br />

criticar lzma perspçctiva <strong>de</strong> conhecimepto e propor um outro mo<strong>de</strong>lo que se po<strong>de</strong>ria<br />

caracterizar como i<strong>de</strong>alista-subjetivista. Pasa-se <strong>de</strong> 1lm polo em que a realida<strong>de</strong> existe<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do indivfduo e a investigaçâo ë llma ativida<strong>de</strong> neutra, para 1lm outro<br />

polo que concebe a realida<strong>de</strong> como um produto da mente humana, on<strong>de</strong> nâb hâ separaçïo<br />

entre investigador e objeto investigado e on<strong>de</strong> fatos e valores sâo consi<strong>de</strong>rados<br />

inextricavelmente interligados. .<br />

Estes dois mo<strong>de</strong>los configuram as perspectivas positivista e i<strong>de</strong>alista <strong>de</strong> d:ncia<br />

e parece que advdm <strong>de</strong>sta discusâb (positivismo k i<strong>de</strong>alismo), a origem do <strong>de</strong>bate<br />

quantitativo-qualitativo na pesquisa o que talvez explique, m lo menos em parte, às<br />

posiWes dicotômicas que geralmente orientnm estas discmsa s. ,<br />

Ao lado disso, o tratamento simultâneo <strong>de</strong> questöes <strong>de</strong> natureza epistemolö-'<br />

#ca e <strong>de</strong> questœs técrlicas (Posso usar' dados quantiativos no qestudo <strong>de</strong> caso etno-<br />

FO co'?) que tem m rmeado este <strong>de</strong>bate, tem dificultado a retvxâo no sentido <strong>de</strong><br />

explicitar as contribtliçœ s especfûcas <strong>de</strong> cada abordagem .<br />

Um problema bastante sério que eu vejo aqui d o uso dos termos N ualitativo''<br />

e t'quantitatim '' para indicar diferentes formas <strong>de</strong> pesquisa. Fates term os estâo<br />

muito asociados com a espedficalo. das tdcnicas <strong>de</strong> coleta e no momento em que<br />

sâb usados para <strong>de</strong>sir ar posturas fllosôfkas, eles sem dflvida provocnm mais incom -<br />

preenses do 4ue explicitaçses. .<br />

E com'lm encontmrmos trabnlhos que se <strong>de</strong>iuem como tepesquisa qualitativa'<br />

simplesmente por nTo usarem dados numéricos (neste caso qlulitativo = nâo<br />

493

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!