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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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524<br />

Em 1lm segundo momento, por mim arbitrariamente pinçado, a percepçâo das<br />

limitaçœ s dos testes psicolögicos levùu ao abu dono, quasç generalizado, <strong>de</strong> sua utili-<br />

:<br />

zaçfo. A realo se fez sentir, com a'pasagem a öutra i<strong>de</strong>alizalo: a supervalorizaWo<br />

das entrevistas e da$ observaça s naturais. Comep a dim inuir a oferta e a procma dos<br />

cursos sobre testes psicolögicos. A <strong>de</strong>nominaçâo PSICOTO M CA d abandonada. O<br />

ISOP <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> centralizmr suas ativida<strong>de</strong>s na seleWo e na orientaWo proflssional, para<br />

se transformar em um centro <strong>de</strong> m squisas. Com ep m a slzrgir crftic% aos testes psicolö#cos,<br />

em uma tripla vertente: metodolösca, i<strong>de</strong>olögica e dtica.<br />

Na vertente m etodolögica, a crftica inci<strong>de</strong>, sobretudo, na falta e precarieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> normas brasileiras para os testes adaptados, na precarieda<strong>de</strong> dos estudos <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong><br />

e valida<strong>de</strong> dos testes. Na vertente i<strong>de</strong>olögca, caminhando pari passu com o<br />

questionamento da visâb em pfrico-pùsitivista da cidncia, a crftica inci<strong>de</strong> sobre as limitaçöes<br />

dos testes psicolö#cos como instrumentos <strong>de</strong> medida da personalida<strong>de</strong>. Finalmente,<br />

do ponto <strong>de</strong> vista ëtico, às crfticas se referem , basicnmente, â invasâo da privacida<strong>de</strong><br />

do examinando, com o emprego dos testes psicolö#cos.<br />

Com tuào isto, os tstes psicolöscos nâb fornm abandonados. Uma reaçïo âs<br />

crfticas foi a busca <strong>de</strong> outro referencial - o referencial da teoria psicanalftica. Posso<br />

dizer, a partir .da nzinha exm ridncia, que este referencial era, na maioria das vezes, 1tm<br />

. .<br />

'<br />

.<br />

referencial kleiliano, j; que a teoda <strong>de</strong> Melanie Klein dominava, nesta época, o cçnlio<br />

da psicanzise no Brasil. O psicölogo, em busca <strong>de</strong> lma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> que era ameaçada<br />

pelas crfticas que se faziam a seus instrumentos, parecia procuri-la, agora, no emprego<br />

da interpretalo psicanalftica.<br />

Os que n:o ernm a<strong>de</strong>ptos da teoria psicanalftica, contudo, passarsm a trabalhar,<br />

cada vez mais, na linha do fortalecirhento psicomëtrico dos testes', sendo saudada,<br />

cori jtibilo, a elaboraçâb <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> exame da mrsonalida<strong>de</strong> mais a<strong>de</strong>quadas do<br />

ponto <strong>de</strong> vista psicomdtrico, como o teste das manchas <strong>de</strong> tinta <strong>de</strong> HOLTZMANN. Em<br />

parte, iste m ovimento refletia as crfticas, m uito difundidas, <strong>de</strong> HJ. EYSENCK.<br />

' Como jâ mencionei anteriormente, estes três momentos <strong>de</strong> que me vnlho para<br />

<strong>de</strong>screver a histöria do tlso dos testes psicolö/cos no Brasil n:o sâb estanques. Desta<br />

.<br />

forma, na década <strong>de</strong> 1980, ( aproximadamente quaren y a anos <strong>de</strong>pois j a c ; aWo io<br />

ISOP, àindà encontrnmos traços tanto da i<strong>de</strong>nlizaçâo como da <strong>de</strong>silusâb. M uitos psicö-<br />

logos possuem, joje<br />

em dia, um conhecimento reduddo dos testes psicolö#cos e em<br />

sua prftica, os negligencism , superkalorizando a entrevista como mëtodo <strong>de</strong> avaliaçfo.<br />

Outros, por sua vez, insistem no emprego <strong>de</strong> testes com escassa fundnmentaçâo teörica,<br />

<strong>de</strong>dicando-se à adaptaç:o ou à cdaçâb <strong>de</strong> instnzmentos e escilas que pùssuem pouca<br />

conexfo com uma teoria mais elaborada. M uitos ainda se aferram à interpretaçâo psicanaltia<br />

dos testes projetivos. ' '<br />

Talvez seja lIm pouco presunçoso falar em 1lm momento <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>-creio,<br />

cohtudo, que jy oje em . dia o pàpel do psicölogo j; nTo se confun<strong>de</strong> . èom o . <strong>de</strong> seus ins-<br />

trumentos, nem o psicölogo ë visto como '1m tfmédico' ou I1m Rpsicanalista'' frustrado.

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