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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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434<br />

(b) Sobre os equfvocos aœrca da valida<strong>de</strong> do mztodo exmrimental em micolo/a<br />

Reforçando a vocaçâb antiexperimentalista da maioria <strong>de</strong> nossos estudantes,<br />

m uitos professores <strong>de</strong>dicmm pon<strong>de</strong>rivel tempo <strong>de</strong> seus cursos negando a legitimida<strong>de</strong><br />

epistemolögica da utilizaçâo do m ëtodo experimental nas ciéncias sociais e hllmanas.<br />

Ia'mitaçöes <strong>de</strong> tempo nos impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> reprodlzlir a argumentaçâb <strong>de</strong>stes crfticos mas ,<br />

em sfntese, e1a :ra em torno da imposibilida<strong>de</strong> da neutralida<strong>de</strong> do investigador, do<br />

carâter reativo e nTo pasivo dos sujeitos, da forte infludncia da cultura e da histöria no<br />

comportnmento individual e coletivo e das idiossincrasias do ser hllmano. Embora eu ,<br />

m ssoalmente, nâb concor<strong>de</strong> com estes crïticos e, como disse anteriormente , jâ <strong>de</strong>fendi<br />

minha posiçâb em vo as publicaçöes, preocupa-me sobremodo nâb o fato <strong>de</strong> existirem<br />

professores que pensem assim ; ninguém é dono da verda<strong>de</strong> e as diverg:ncias do ponto<br />

<strong>de</strong> vista sâb benéficas ao adiantnmento do conhecimento. O que sim me preocupa muito<br />

é o fato <strong>de</strong>, quase sempre, o estudante ser exposto a 1tm severo ataque ao mëtodo<br />

experimental, sem antes saber sequei em que ele consiste e ainda sem que se 1he apresentem<br />

os argumentos a favor <strong>de</strong> sua utilizaçâo em psicolo#a. Em outras palavras, o<br />

estudante nâb é exposto aos dois lados da moeda e o outro lado da moeda, do qual<br />

e1e geralmente nâo d informado, ë brevemente o seguinte: o <strong>de</strong>ntista nâo é neutro mas<br />

a cidncia, ou seja, o produto da ativida<strong>de</strong> dos cientistas, produto este que ë comunicéve1<br />

e pûblico, este sim o é. Como bem dizem Aliger e Hanges (1984) eta ciéncia é predsamente<br />

o proceso pelo qual o fato objetivo é <strong>de</strong>stilado da subjetivida<strong>de</strong>' (p. 678).<br />

A comunicabilida<strong>de</strong> e a publicida<strong>de</strong> da investigaç:o cientïfica é sua gran<strong>de</strong> salvaguarda<br />

contra o subjetivismo. Polanyi (1958) trata muito btm <strong>de</strong>ste ponto e Mutroff (1972)<br />

afirma: ça objetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> uma confrontaçâo acalorada, intensa e viesada entre<br />

as iddias çalgo' ten<strong>de</strong>nciosas <strong>de</strong> indivfduos O go' ten<strong>de</strong>nciosos. O que sobrevive do proœsso<br />

ë rotulado como 'objetivo' ou tcientificamente verda<strong>de</strong>iro' . . . Em resumo, ë<br />

muito simplista dizer que o sistema da ciéncia é totalmente objetivo ou totalmente<br />

subjetivo; ele é uma mistura altamente complicada dos dois' (p. B615). Finalmente,<br />

A liger e Hanges (1984) afirmam apropriadpmente que um conhecimento privado, nâb<br />

verificâvel e irtcomlmicivel po<strong>de</strong> tatvez ser 1:m çbom misticismo' mas é çmâ ciência'.<br />

E acrescentnm : 'Ea cidnci: tem sido uma tentativa extraordinâria <strong>de</strong> libertar a explora-<br />

Wo da natureza, incluindo txmbëm as pesoas, da tirania do subjetivo' (p. 678).<br />

' E conveniente que os estudantes sejam mais objetivnmente expostos aos dois<br />

lados da mœ da m los encarregados <strong>de</strong> sua formaçâo , a fim <strong>de</strong> que a crftica unilateral<br />

nro reforce sua vocaçâo natural para os asmctos mais românticos e subjetivos da<br />

psicologia.<br />

(c) Sobre a dnfax em tçmetodologias altemativas'<br />

Finalmente, uma outra possfvel razâo para o pouco uso do método experi-

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