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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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todo o passo a passo da ano se freudiana, <strong>de</strong>stinada, antes <strong>de</strong> mais nada, a dar oportunida<strong>de</strong><br />

e audidncia ao proceso primirio. 2 sumreen<strong>de</strong>nte que uma teoria que se situa<br />

tïo prözma dos processos mais profundos do inconsciente sd tenha conseguido se<br />

traduzir m lm método que chega â <strong>de</strong>codifkaçxo mais estereotipada dos ditos e dos<br />

ges tos significativos do paciente, sem consi<strong>de</strong>rar o.movimi n1o %sociativo, a referênda<br />

lustörica e individual, ou os m 1 indfcios pelos quais <strong>de</strong>scobrimos se a interpretalo<br />

est; ou n:o em 1xm bom rmminbo''<br />

Fxstas palavras <strong>de</strong> u planche se adaptam m uito bem âquilo que se cosblma<br />

fnzer em nome da interpretaçfo psicanalftica dos testes projetivos. Resalto a referdnda<br />

à <strong>de</strong>codificaWo estereotipada e o esqueeimento da referdncia histörica e individual.<br />

Um exemplo <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>raçâo ba referência histörica e individual é o<br />

ofereddo por Schneidman. Foi apresentado, a tlma Wntena <strong>de</strong> especialistas no TAT,<br />

nm protocolo para interpretaWo às cegas, com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar diversas<br />

tëcnicas <strong>de</strong> anfise do TAT. Na primeira prancha é estöria contada foi a <strong>de</strong> um menino<br />

doente, acamado, que recebeu uma partitura musical para estudar, mas preferiu 1er<br />

um livro <strong>de</strong> aventuras. Nesta estöria, o exnm inando diz: tçseus olhos estfo llm tanto<br />

opacos - coindddncia 1er 1xm livro sem quaisquer olhos ou saber o que esté no livro<br />

sem 1:-10:'. Alguns espedalistas se referim m à frase acima, consi<strong>de</strong>rando-a como<br />

expresiu <strong>de</strong>: a) perda' IM contato com a realida<strong>de</strong>, b) referdncia a castigo por culpa<br />

masturbatöria? c) anglistia <strong>de</strong> c%traWo, d) senimento <strong>de</strong> inferiodda<strong>de</strong>, e) mnnmento<br />

ilô#co. No entanto, a histöria do exnminando nos diz que aos 7 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, 1:m<br />

mëdico diar osticou nele lma doença dos olhos, muito rara, e prognosticou que e1e<br />

tlcaria cego aos 17 anos.<br />

Na realida<strong>de</strong> acredito que muito do que passa por interpretal o psicanalftica<br />

dos testes projetivos se alicerça em umn visro psicanalftica que consi<strong>de</strong>ro ultrapassada.<br />

a tou me referindo ao que Armony <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> Gcomportamento interpretativo'<br />

.<br />

'<br />

usado exclusivamente. Amqim como em psicanzise, por muito tempo, o foco da sessfo<br />

era .a interpretalo, a interpretaçfo psicanalftica dos testes projetivos, e dos testes<br />

micolö#cos em geral, se fundamenta no uso exclusivo da interpretaWo. Para mim, e<br />

nisto me am io em muitos autores, entre os quais Bnlint e Winnicott; ao comportamento<br />

interpretativo faz-se mistër associar, em proporW es ditadu m la singularida<strong>de</strong> do<br />

terapduta, do pa<strong>de</strong>nte e da sessfo, nm comportamento co-vivencial, no qual o foco<br />

passa a ser a relaWo tera# uta-cliente, uma relalo que se vive e da qual se fala. Se; por<br />

conseguinte, estamos nos situando em llma m rspectiva na qual a interpretaçâb <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> ser o foco exclusivo <strong>de</strong> um tratamento psicanalftico , com o nfo po<strong>de</strong>rfnmos combater<br />

o exagdro da interpretaçâo psicanalftica dos testes psicolögcos?<br />

' Um exagdro do qual <strong>de</strong>sejo falar é o que nos leva a interpretar psicanaliticamente<br />

testes que fornm elaborados a partir <strong>de</strong> uma teoria da m rsonalida<strong>de</strong> muito distinta.<br />

Umn coisa é interpretar kleinianamente o Teste <strong>de</strong> Philipson. construfdo com

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