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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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histörias <strong>de</strong> vida, btlscando caracterizar as particularida<strong>de</strong>s e as relaçœ s <strong>de</strong> cada envelhecer<br />

especflko com o seu meio contextual m ais amplo. Por fltimo, encontram os<br />

alglmg raros trabnlhos que. <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 1zm enfoque clfnico em psicolo#a, buscam <strong>de</strong>svendar<br />

aspectos subjetivos do envelhecer nos indivfduos. ' . '<br />

'<br />

AM UNS TFMM ARORDADOS. Ecléa Bosi Ctzmbraliças <strong>de</strong> Velhos', Ed.<br />

T.A. Queirôz, 1979) entrevistou longamente oito mssoas com mais <strong>de</strong> 70 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

e que tiveram a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sïo Paulo como espaço social dominante em suas vidas.<br />

Recum ra o valor do Glembrar'' como 1lm trabalho genufno do velho, que, operando<br />

no tempo e sobre a tempo, torna presentes os que se ausentaram e reintroduz na atualida<strong>de</strong><br />

social em que vive alguns ricos produtos da cultura humana. Nas memörias colhidas,<br />

a vida <strong>de</strong> trabalho se revela como xIm dos pilares <strong>de</strong> sustentaWo da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

presente e passada vivida pelo's entrevistados - O livro é tambdm llma <strong>de</strong>ntincia da <strong>de</strong>struiWo<br />

dos espaços sodais da memöria e da <strong>de</strong>gradaç:o do valor do trabalho na socieda<strong>de</strong><br />

capitalista.<br />

Maria Isabel <strong>de</strong> Oliveira (MestradoyptfcAe , 1982), entrevistando feroviérios<br />

na terceira ida<strong>de</strong>, evi<strong>de</strong>nciou que a forte ligaçâo que perdura entre eles e si us instrllmentos<br />

<strong>de</strong> trabalho atua como importante fator <strong>de</strong> reconhecim ento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

Para os entrevistados, a aposentadoria m arcou um perfodo, no qual a perda da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

prorlssional, as perdas salariais e o estim a social da inutilida<strong>de</strong> do velho, contribufram<br />

para 1tm forte rendimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorizaçâo pessoal.<br />

Para Raquel Vieira da Cunha (Comunicaçâo Pessoal), flmdadora do Centro <strong>de</strong><br />

Gerontolo#a Sodal do Instituto Se<strong>de</strong>s Sapieàtae <strong>de</strong> Sâo Paulo, a faml'lia e o trabalho<br />

sro dois eixos ftmdamentais em volta dos quais se <strong>de</strong>ve obser- as mudanp s com a<br />

velhice. Segundo ela para a mllher é 1xm momento importante o m omento em que o<br />

lmimo filho sai <strong>de</strong> casa (por volta dos 50 anos). Em muitos c%os as eçmres prolsionais''<br />

nâb sabem re<strong>de</strong>ûnir esse énico papel que conhecem atë entâb. J; para os homens,<br />

a aposentadoria implica tambëm numa necesida<strong>de</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>fmiWo <strong>de</strong> pa#is que<br />

eles têm dificulda<strong>de</strong> em realizar. Raquel <strong>de</strong>staca a importM cia para o velho <strong>de</strong> tom arse<br />

capaz <strong>de</strong> dar novas formas e soluçöes aos problemas que se repetem no <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

rompendo com a ris<strong>de</strong>z dos pa# is crbtalizados durante a vida.<br />

Myriam Lns <strong>de</strong> Baros CsAutorida<strong>de</strong> & AFeto-Avös Filhos e Netos na Famflia<br />

<strong>Brasileira</strong>', Ed. Jorge Zahar, 1987), com 'lma abordagem antropolö#ca, entrevistou<br />

homens e m llheres; avös entre 50 e 70 anos, <strong>de</strong> classe média urbana do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

M lransformaça s da famfia m o<strong>de</strong>m a foram zm dos focos centrais no discurso dos<br />

entree tados. Os papëis <strong>de</strong> avös, que esses indivfduos acabam por <strong>de</strong>semm nhar, sâb<br />

mostrados como frutos <strong>de</strong> 'lma evolulo das relaça s <strong>de</strong>ntro da pröpria fam lia,<br />

expressando as novas relaçöes sociais tambëm <strong>de</strong>ntro do contexto mais amplo. Depois<br />

dos conflitos <strong>de</strong> valores da perda da autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>cis6ria diante dos fllhos , esses indivfduos<br />

vedm renascer, uma geraWo <strong>de</strong>pois, uma autodda<strong>de</strong> genufna diante dos netos.<br />

Ta1 autorida<strong>de</strong> legitimada mlo interese, afeto e sentido <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> que a relalo

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