19.02.2013 Views

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

660<br />

conjunto <strong>de</strong> princfpios estabelecidos, a serem seguidos com precisâo. Acresce ainda,<br />

que a pröpria Psicolosa nâo possue um fmico mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> homem, mas <strong>de</strong>bate-se ainda<br />

com virias tçorias, algumas das quais apresentam pressupostos bastante divergentes.<br />

Nesse panorama, o emprego do mëtodo fenomenolögico na <strong>Psicologia</strong>, apre-<br />

senta dificulda<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m levar a algllmns . dif j renp s no mo tj o como os psjo<br />

jogos<br />

compreen<strong>de</strong>m os seus fundamentos e os transpöem para o seu nnmpo <strong>de</strong> trabalho. Por<br />

isso, o psicölogo que se prppöe a empregar o mdtodo fenomenolögico e a estabelecer<br />

formulaçöes teöricas sobre o mesmo, precisa éxplicitar qual a posiWo que %sume<br />

diante <strong>de</strong>ssas questöes.<br />

O modo como com preendo o em prego os fundamentos do mëtodo fenomenolögico<br />

estâ baseado em formulaW es dos f'llösofos Husserl, Hei<strong>de</strong>Der e Merleau-ponty<br />

e dos psiquiatras e psicölogos Binswanger, Minkowski e Van<strong>de</strong>nberg, entre as quais<br />

consi<strong>de</strong>ro importante <strong>de</strong>stacar, os temas que apresento a seguir.<br />

- A intencionalida<strong>de</strong> da consc* ncia<br />

A fenomenologia apresentada por Husserl no infdo <strong>de</strong>ste sëculo, surbu como<br />

Itm a contestaçâo ao uso do mëtodo experimental no campo das ddncias hlzmanas, e<br />

entre estas, prindpnlmente, a <strong>Psicologia</strong>.<br />

O homem é um ser consciente e sua conscidnda 6 sempre intencional, ë sem -<br />

pre conscidncia <strong>de</strong> algo. Todas as vezes que percebo, sinto e penso, o fam em relalo<br />

a algo ou a alguëm. M sim tnmbëm os objetos s:o sempre objetos que t:m 1m sipzificado<br />

para a conscidncia.<br />

Hâ diferenps fundamentais entre os mdtodos das déndas da natureza e os da<br />

Psicolosa (Hmserl, 1965). Na natureza, os objetoj sâb permanentes na sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>;<br />

suas qualida<strong>de</strong>s e as m udanps que neles ocorrem , po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>terminadas com valor<br />

objetivo e confirmadas ou corrigidas por experimentos novos. çtMas o psfquico nâo é<br />

' apardncia emprica, ë vivdncia averigua (t a na re flexâo , auto*vi<strong>de</strong>nte, num fluxo contf-<br />

nuo' (p. 33). O psfquico é simplesmente fenômeno, e o fenômeno d transitörio, nâo<br />

sœcetfvel <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminaçâo objetiva.<br />

- A redulo fenomenolé#éa<br />

Questionando a posibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma completa objetivida<strong>de</strong> e, consequentemente,<br />

o valor dos conhecimentos obtidos pela Psicolosa atravës do mëtodo experimental,<br />

Huserl (1967) apresenta a redulo fenomenolögica como o ponto <strong>de</strong> partida<br />

para lxma investigaWo rigorosa.<br />

Esta consiste em sujpen<strong>de</strong>r, ou colocar fora <strong>de</strong> alo, a atitu<strong>de</strong> naturalfstica<br />

(seglmdo a qual o sujeito e o objeto sâb consi<strong>de</strong>rados como existindo separadnmente)<br />

e todos os conceitbs e teorias elaborados atravës <strong>de</strong>la sobre o objeto <strong>de</strong> estudo. Ta1

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!