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j *@ - Sociedade Brasileira de Psicologia

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A QUESTAO DO ENVELHECER COMO UM PBOCESSO<br />

DESENVOLV IM ENTAL ATRAVES DA VIDA<br />

M QUELW EIRA DACUNHA<br />

h stituto A <strong>de</strong>s Sapientiae <strong>de</strong> S:o Pattlo<br />

N:o é somente o velho que envelhece e que se sente velho. Alis, este ççsentirse<br />

velho'' querè colocar em aspas; voltarei a falar sobre isto. Bxistem muitas situaçöes<br />

durante a Wda em que nos sentimos <strong>de</strong>sarlinmdos e até sem vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> contimur a<br />

viver, ainda que na velhice m esma, estm situaça s diffceis ten<strong>de</strong>m a se multiplicar.<br />

Também n:o quero negar que velhice tem caracterfsticas pröprias; por exemplo: muitas<br />

vezes n:o existem mais oportunida<strong>de</strong>s para superar as dificulda<strong>de</strong>s e inevitavehnente<br />

o ftm da velhice é a m orte.Mas, n:o obstante, a velhice é lxma fase <strong>de</strong> vida, tem suas<br />

compensaçöes e sllnm frustraçöes e su% tarefas vivenciais pröprias. Diria que txma <strong>de</strong>stas<br />

tarefas é <strong>de</strong> rmnlmente apren<strong>de</strong>r a aceitar a si m esm o e a sua biopafia; isto é, aceitar a<br />

sua vida com o foi vivida, incbundo as aparentes escolhas N rradas''. Erradas entre aspas<br />

porque nâo temos para etros para saber qual teria sido o resultado <strong>de</strong> outras escolh%.<br />

Em outras palavras, ppren<strong>de</strong>r a dizer sim ao <strong>de</strong>stino que ep construf. Apren<strong>de</strong>r a se<br />

<strong>de</strong>senvolver como m ssoa, apös ter <strong>de</strong>sempenhado os vo os papdis que a so<strong>de</strong>da<strong>de</strong><br />

impa . f lxmn tarefa difcil, espednlmente n! nossa culttra que tem um teof acentuadamente<br />

extrovertido. Certamente n:o faltam iniciativas e lnovimentos, hoje em dia,<br />

frequentemente organizados pelos pröprios idosos que prom ovem as mais diversas<br />

ativida<strong>de</strong>s para e com os idosos e que lutam em criar condiça s para facilitaz a sua<br />

participaWo. Isto é ötimo. Posibilita continuar tomando parte nas ativida<strong>de</strong>s que cultivam<br />

os valores extrovertidos da' nossa socieda<strong>de</strong>-' Por outro lado, no entmnto, as<br />

angûstias e talvez tamblm os anseios <strong>de</strong> muit% pessoas e <strong>de</strong> muitas pessoas idosas permanecem<br />

na sombra. , .<br />

Os assim cham ados m nsamentos, sentimentos e vivlncias negativ% como<br />

pensar na morte e no morrer, ter sauda<strong>de</strong>s, falar do passado', se queixar, sentir-se triste<br />

e sözirtho, viver doente e muito mais ten<strong>de</strong>m a ser reprimidos; ninguém gosta <strong>de</strong><br />

ouvf-los, nem a pröpria pessoa. A meu ver estas idéiu e vivências t:m tambëm um<br />

sirificado e sua conscientizaWo contribui para o noso <strong>de</strong>senvolvimento pesoal.<br />

Talvez a safda e a entrada em cada nova fase da vida, e, especinlmente, a<br />

entrada na velhice seja algo pareddo com o proceso <strong>de</strong> mormr que Elizabeth Kubler-<br />

Ross <strong>de</strong>screveu: pn'meizo a negaçâo: ainda nTo estou pronta; pronta para p%sar <strong>de</strong> estudante<br />

para profissional; pronta para aposentar; pronta para mudar para 1lm 1ar <strong>de</strong><br />

velhos; segundol a bargnnha -' talvez amsnhâ'; <strong>de</strong>ixe ficar mais um pouco como estf;<br />

terceiro: a revolta - estou muito <strong>de</strong>sapontada com a noya situaWo; nunca teria feito<br />

201 .

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